Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sobre a união de lobos e raposas para atacar o rebanho

Esta é apenas uma fábula. Qualquer semelhança com o cenário político do Maranhão é uma mera coincidência. É sempre bom ficar atento às estratégias de lobos e raposas para atacar o rebanho. Eles sempre apostam na divisão do rebanho para garantir alimento fácil. Em outros momentos, passam-se por ovelhas para se infiltrar no rebanho. E você, vai se deixar comer por lobos e raposas? Muitos deles têm aparência de ovelhas. Cuidado!


Certo lobo, muito sagaz, resolveu unir-se a uma raposa, tão sagaz quanto ele, para, juntos atacarem um rebanho. Confabulando entre si, perceberam que seria mais fácil se darem bem no seu intento se conseguissem ao menos a aparência de ovelhas. Conseguiram para si peles e máscaras, começaram a treinar para balir como ovelhas. Quando se sentiram seguros, penetraram sorrateiramente no rebanho e trabalhavam para conseguir seus intentos. Um e outro tentavam afastar cada vez mais o rebanho para longe dos pastores, para, depois, se apoderarem das ovelhas e fazerem seu festim.

A natureza das ovelhas é de serem pacatas e obedientes, de seguirem seus líderes, de ouvirem a voz do seu pastor. E os pastores, atentos, logo perceberam que havia no rebanho um tipo diferente de ovelhas que agiam diferente, queriam conduzir o rebanho, mas não se deixavam guiar, não ouviam a voz do pastor. Descoberta sua natureza, fugiram do rebanho. Prevalece a máxima: “Ovelha se alimenta e, satisfeita, fica, lobo arrebata e foge”.

Como conseguiram, durante algum tempo, se passarem por ovelhas, estavam mais experientes, mais sagazes ainda, e resolveram tentar uma segunda vez. Procuraram um novo rebanho, revisaram suas antigas estratégias, estudaram novos meios, perceberam que era mais fácil dividir o rebanho em pequenos rebanhos e ir se servindo deles do que conduzir todo o rebanho de uma vez só. Mas lobo é lobo, raposa é raposa, e pode-se vestir peles, colocar-se máscaras, mas a natureza de lobo e de raposa continua , e logo as presas sanguinolentas aparecem sob a pesada maquiagem. Causam estragos, espantam alguns pastores, mas acabam sendo descobertos, fazendo o que os lobos e raposas fazem sempre: arrebatam e fogem.

Ao longe, olhando o rebanho protegido e os pastores vigilantes, raposa e lobo usufruem do que conseguiram arrebatar, e, em sua percepção distorcida, ganem um para o outro: “Que malvados, nos espantaram”.

Concluindo

Qual lobo é pior? O que ataca o rebanho ou o que coordena a matilha?
Ambos são lobos, ambos são danosos, se lideram ou liderados é só uma questão de sagacidade ou oportunidade, mas, para ambos, ruim mesmo é o pastor que deles protege o rebanho.
No caso do Maranhão, qual o pastor que vai proteger o rebanho do ataque dos lobos e raposas?

Fábula de Marthon Menezes (com adaptações)

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