DE
SÃO PAULO
DO
PAINEL
Dilma
está em seu gabinete, com equipe, e cogita fazer um anúncio ainda nesta quarta
sobre o pedido de impedimento.
A
ação de Cunha é uma resposta à decisão dos deputados federais petistas de votar
pelo prosseguimento da cassação de seu mandato. O deputado peemedebista é alvo
de processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara. O órgão adiou nesta
quarta a votação que irá decidir se o processo irá adiante ou será arquivado. A
próxima reunião do Conselho será na próxima terça-feira.
Após
negociação de bastidores, a bancada do PT na Câmara dos Deputados cedeu à
pressão de sua militância e do presidente da legenda, Rui Falcão, e decidiu no
início da tarde desta quarta que irá votar pela continuidade do processo de
cassação do presidente da Câmara dos Deputados. Os três votos dos integrantes
petistas no conselho são considerados cruciais para definir se o processo
contra Cunha segue ou será arquivado.
Única
pessoa com o poder de dar seguimento a um processo de impedimento da presidente
da República, Cunha havia feito uma trégua com o Palácio do Planalto a fim de
evitar a tramitação de processo pela sua cassação.
"Antes
de fazer o anúncio oficial, Cunha ligou para o vice-presidente Michel Temer
para informá-lo da decisão. Para evitar a deflagração do processo de
impeachment, deputados petistas chegaram a ir ao gabinete do peemedebista para
garantir que até a próxima terça-feira (8) seria possível reverter os votos no
Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
O
Palácio do Planalto também informou ao presidente da Câmara dos Deputados que
não tinha desistido de garantir ao peemedebista votos para o arquivamento do
pedido de cassação. Em conversas reservadas, no entanto, o peemedebista disse
que não podia mais confiar na promessa do governo federal.
Na
avaliação de aliados de Cunha, com a deflagração do processo de impeachment,
zera o placar do Conselho de Ética. O diagnóstico é de que, agora, DEM e PTB
devem apoiar pelo arquivamento do processo.
Para
tentar atrair os votos dos deputados federais do PSDB, o peemedebista fez
questão de acolher o pedido apoiado pelo partido dos juristas Hélio Bicudo e
Miguel Reale Jr.
Em
troca, o peemedebista espera que o líder do PSDB na Câmara dos Deputados,
Carlos Sampaio (SP), convença os dois deputados tucanos a mudar de posição pelo
enterramento do pedido de cassação ou a renunciar ao posto.
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