quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Amadorismo e falta de uma gestão séria podem levar empresas públicas à falência

A crise de gestão na Petrobras, que vive momentos de asfixia sem precedentes, serve para mostrar como não deve ser gerida uma empresa pública. 

Ao longo de muitos anos, o público vem financiando o privado, ou melhor, políticos e partidos da base de governo. Tudo com uma fórmula empregada há muito tempo: o superfaturamento de obras e serviços. Empreiteiras e prestadoras de serviços terceirizados sempre foram os canais prediletos para escoar dinheiro para os bolsos de corruptos. Essa prática é de agora? Com certeza, de muitos governos.

O grande erro tem sido o aparelhamento político de empresas públicas. Onde tem político envolvido, tem corrupção. Isso é regra. Com raríssimas exceções. A sangria de recursos é inevitável, principalmente, para financiamento de campanhas e de projetos de interesse pessoal. Em outros casos, empresas públicas servem de palanque político para aventureiros que, no fundo, não têm interesse em melhorar o desempenho das mesmas. Ficam somente na retórica. Na prática, são ratazanas do erário.

Para que uma gestão seja exitosa é necessário, em primeiro plano, o combate às práticas de corrupção, o saque aos cofres das empresas. A relação com empresas terceirizadas ou contratadas para execução de obras ou prestação de serviços tem que ser séria e profissional. Quando essas empresas passam a ser usadas para fins escusos, é o fim da gestão pública.

Por essa incompetência de governos gerirem empresas, é que se disseminou a ideia de que a prestação de serviços públicos só passa a ser eficiente quando gerido pela iniciativa privada. E pelo que vemos hoje, no Brasil, vai ser difícil mudar esse conceito. Culpa de quem? Obviamente de quem continua confundindo o público com o privado.

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