
Ao longo de muitos anos, o público vem financiando o privado, ou melhor, políticos e partidos da base de governo. Tudo com uma fórmula empregada há muito tempo: o superfaturamento de obras e serviços. Empreiteiras e prestadoras de serviços terceirizados sempre foram os canais prediletos para escoar dinheiro para os bolsos de corruptos. Essa prática é de agora? Com certeza, de muitos governos.
O grande erro tem sido o aparelhamento
político de empresas públicas. Onde tem político envolvido, tem corrupção. Isso
é regra. Com raríssimas exceções. A sangria de recursos é inevitável,
principalmente, para financiamento de campanhas e de projetos de interesse
pessoal. Em outros casos, empresas públicas servem de palanque político para
aventureiros que, no fundo, não têm interesse em melhorar o desempenho das
mesmas. Ficam somente na retórica. Na prática, são ratazanas do erário.
Para que uma gestão seja exitosa é
necessário, em primeiro plano, o combate às práticas de corrupção, o saque aos
cofres das empresas. A relação com empresas terceirizadas ou contratadas para
execução de obras ou prestação de serviços tem que ser séria e profissional.
Quando essas empresas passam a ser usadas para fins escusos, é o fim da gestão
pública.
Por essa incompetência de governos
gerirem empresas, é que se disseminou a ideia de que a prestação de serviços
públicos só passa a ser eficiente quando gerido pela iniciativa privada. E pelo
que vemos hoje, no Brasil, vai ser difícil mudar esse conceito. Culpa de quem?
Obviamente de quem continua confundindo o público com o privado.
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