AGUIRRE TALENTO
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Um novo delator da empreiteira Camargo
Corrêa afirmou que houve pagamento de propina nas obras da usina de Angra 3 ao
senador Edison Lobão (PMDB-MA), à época ministro de Minas e Energia, e ao
ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro.
O ex-diretor de Energia da Camargo
Corrêa, Luiz Carlos Martins, teve delação homologada no ano passado e deu
depoimento na ação penal que corre no Rio de Janeiro relativa a desvios na
Eletrobras, o chamado eletrolão.
Por isso, o procurador-geral da
República Rodrigo Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal que juntasse as
declarações de Martins ao inquérito que investiga Lobão e Carreiro.
"Luiz Carlos Martins, em seu
depoimento judicial nos autos da aludida ação penal, cita Edison Lobão, senador
da República pelo Estado do Maranhão e então ministro das Minas e Energia, e
Raimundo Carreiro, ministro do Tribunal de Contas da União, como os agentes
políticos que receberam propina decorrentes das contratações da usina de Angra
3", escreveu Janot no pedido.
O dono da UTC Ricardo Pessoa também já
havia relatado pagamentos a ambos personagens, o que motivou a abertura do
inquérito. Foi nesta investigação que o novo depoimento foi anexado.
Anteriormente, Carreiro e Lobão já
haviam negado o recebimento de propina. A defesa de Lobão já afirmou, sobre a
delação de Pessoa, se tratar de "invenção de histórias próprias" com
o objetivo de redução de pena.
À Polícia Federal Carreiro disse que
vive do seu salário como ministro do TCU, que corresponde a 95% do valor do
salário de um ministro do STF, e da renda proveniente de alugueis de cinco
imóveis.
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