"Não há nenhuma comprovação de crime por parte da Presidenta Dilma e impeachment sem base jurídica, motivado por razões oportunistas e revanchistas, é golpe", ressalta a nota.

Confira a Nota Oficial da
Federação Nacional dos Jornalistas
Impeachment
sem crime é farsa para esconder golpe
A Federação Nacional dos
Jornalistas (FENAJ), entidade máxima de representação dos jornalistas
brasileiros, vem novamente a público alertar para a gravidade do momento
político que o País está vivenciando. A iminência de um golpe de Estado
travestido de impeachment vai comprometer de maneira grave a ainda frágil
democracia brasileira. Por isso, a FENAJ dirige-se à sociedade, em especial aos
jornalistas brasileiros, para conclamar todos a defender a democracia, a
justiça, o Estado de Direito.
Não se fortalece a democracia
desrespeitando-se as regras democráticas. Não se faz justiça com justiçamento.
Não se avança em conquistas sociais com desrespeito às garantias individuais
previstas no Estado de Direito. Não se supera crise econômica com o acirramento
de uma crise política forjada pelos derrotados nas urnas. Não se constitui
cidadania com manipulação das informações e linchamentos midiáticos.
A FENAJ reafirma sua posição de
defesa das liberdades de expressão e de imprensa e, mais uma vez, condena os
veículos de comunicação que, deixando de lado a importante missão de informar a
sociedade brasileira, têm assumido claramente o papel de opositores do governo
federal e de defensores do golpe. Essa foi a mesma posição de parte da imprensa
brasileira no golpe de 1964. Algumas empresas chegaram a pedir desculpas pelo
erro cometido, mas voltam a cometê-lo. Certamente, terão de se explicar perante
a história.
A democracia exige que as
instituições nacionais cumpram o papel que lhes cabe. Portanto, é inadmissível
que a imprensa abdique-se de levar informação de qualidade à sociedade,
investigando e reportando fatos. A imprensa não pode servir de instrumento político
para quem quer que seja e muito menos reproduzir acriticamente versões,
vazamentos seletivos e opiniões favoráveis aos propósitos dos golpistas.
Igualmente, para fortalecer a
democracia, o Poder Judiciário não pode abrir mão dos princípios da Justiça. O
caráter midiático da Operação Lava Jato e os excessos cometidos pelo juiz
Sérgio Moro (sempre apoiado por setores da mídia) evidenciam que o Judiciário
está sendo utilizado como instrumento do golpe de Estado. O Supremo Tribunal
Federal (STF), como instância máxima da Justiça brasileira, deve assumir o
papel de salvaguardar a imparcialidade que a Justiça requer. Juízes devem agir
como magistrados e não como agentes políticos; devem falar nos autos e não
incitar a população contra quem quer que seja.
A FENAJ lembra que um grupo de
parlamentares é ator central no golpe em andamento e que, se esse grupo tiver
êxito, a democracia brasileira continuará corrompida. Não podemos entregar o
país nas mãos de conspiradores ou de políticos denunciados por vários crimes. A
sociedade brasileira não pode aceitar a injustiça da condenação da presidente
da República por políticos que praticaram e praticam os atos que supostamente a
presidente cometera. Não há nenhuma comprovação de crime por parte da
Presidenta Dilma e impeachment sem base jurídica, motivado por razões
oportunistas e revanchistas, é golpe.
Por isso, a FENAJ conclama os
jornalistas e todos os cidadãos brasileiros a resistir e lutar pela democracia,
pela Justiça e pela liberdade. Dia 31 todos às ruas para dizer: não aceitaremos
golpes!
Brasília, 28 de março de 2016
Diretoria da Federação Nacional
dos Jornalistas – FENAJ
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