Por Raimundo Garrone
Depois que o ex-presidente Lula procurou
o velho oligarca José Sarney em busca de apoio para barrar o impeachment na
Câmara Federal, muita gente achou foi bem feito para Flávio Dino e o PC do B,
que pagaram o preço do desgaste na opinião pública formada pelo movimento
manipulado da maré, por defender o governo Dilma, enquanto o ex-senador que não
deu um pio é quem é chamado para salvar a lavoura.
Não passa de uma tolice e ignorância
política reduzir a campanha que o governador do Maranhão faz pela Legalidade e
a Democracia à uma questão retórica para evitar que a presidente e o
ex-metalúrgico respondam pelas acusações de corrupção.
E pior é dizer, por falta de argumento,
que o seu ato em defesa do estado de direito deve-se apenas à sua condição de
aliado e as benesses que como tal possam ser adquiridas.
É aí a grande diferença de Flávio Dino.
Em primeiro lugar, a sua aliança com a
esquerda é ideológica no enfrentamento às desigualdades sociais, e não
fisiológica na qual as ações políticas são tomadas em troca de favores.
Em segundo, não é porque o PT de Lula
interveio no Maranhão em 2010 para garantir a vitória de Roseana Sarney contra
a sua candidatura, que ele iria apoiar as arbitrariedades da Justiça para dar
ares de legalidade às manobras da grande mídia – que representa os interesses
do grande capital – em injetar na sociedade o sentimento de ódio contra o PT e
derrubar um governo legitimamente eleito.
No mais, a história prova que o
desenvolvimento do Maranhão não depende do entendimento de Sarney e Lula, que
garante apenas ministérios e cargos federais no estado como forma de manter o
poder político, sem que signifique qualquer mudança na qualidade de vida da
população.
Se ela quer acabar com a ratazana porque ela ainda quer o PMDB no governo?
ResponderExcluirAcho um pouco incoerente esse se artigo.