sexta-feira, 25 de março de 2016

O desembarque da 'ratazana golpista'

O ex-presidente Lula chegou ao poder fazendo aliança preferencial com os ‘ratos’ que já dominavam a República. Durante longos oito anos de mandato, o então presidente foi engordando-os. A ratazana cresceu e ganhou força. Dominou tudo. Seus representantes se espalharam por todos os cantos e recantos do governo. Dinheiro farto para as obras de interesse da ratazana. Propina garantida e farta. Enfim, sem condições de exterminá-los fez um pacto, seguindo uma velha regra: “se não podes combater os maus, junte-se a eles”, uma receita para covardes e medrosos.

O pior de não combater os ‘ratos’ da República, foi permitir que eles continuassem assaltando os cofres. Pois bem, eis que a casa muda de comando. Assume uma ex-guerrilheira disposta a mudar as regras do jogo. Não de repente, para não assustar os roedores, mas devagarinho. Ela sabia onde estavam os ninhos e iria agir pontualmente. Uma luta contra a corrupção que não interessava às quadrilhas instaladas nos mais diversos setores.

No entanto, havia a preocupação com a tal governabilidade. Sem acordo com ‘ratos’, ficaria difícil manter maioria na casa dos ‘donos do poder’. Não podia contrariar interesses, sob pena de não ter condições de governar. Os ‘ratos’ não perdoariam. Seria uma ofensa, uma traição, não manter os acordos e alianças firmadas desde o início do primeiro governo dos trabalhadores. Afinal, o líder da tropa é o vice-presidente. Contrariado, poderia conspirar contra a democracia.

Mas Dilma, mesmo sabedora do potencial maléfico e ofensivo da ‘ratazana’, ousou mudar todo o comando de FURNAS, um verdadeiro antro de corrupção. Um ato de coragem que levou um dos ‘ratos-chefe’ ao desespero. O suficiente para startar o processo de impedimento. Algum crime? Nenhum. Apenas por ter praticado uma tentativa de começar a moralizar a República, avacalhada há bastante tempo.

Qual foi o erro do governo dos trabalhadores? Não ter usado, desde o primeiro momento, o veneno correto para extirpar a ‘ratazana’. As torneiras da corrupção deveriam ter sido fechadas no início. Uma prática que sempre foi denunciada antes da chegada ao poder. Repito: houve acomodação, leniência, pacto com os ‘ratos’.

Neste momento de fragilidade, eles mostram força, porque foram muito bem alimentados, e preparam o desembarque. Não se afogarão, pois o ‘navio golpista’ está pronto para resgatá-los. E devem continuar a saga de roer e corroer a República. Com o apoio de quem deveria, por dever de ofício, colocá-los na prisão.

O ‘listão da Odebrecht’ mostrou que os ‘ratos’ se alimentam dos cofres públicos há bastante tempo. Quem irá exterminá-los? O pobre eleitor, que costuma receber migalhas dessa ratazana em períodos eleitorais?

Ou o povo enfrenta a ousadia e covardia da ratazana ou terá que tolerar a ‘República dos ratos’!

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