
Raimundo e Maria da Conceição eram
conselheiros consultivos da Reserva Biológica do Gurupi, onde auxiliavam no
efetivo cumprimento dos objetivos de criação e implementação do plano de manejo
da Unidade de Conservação.
Conforme constam das investigações, os
crimes seriam decorrentes de conflitos agrários na região de Buriticupu/MA,
envolvendo madeireiros, fazendeiros, sem-terra e ambientalistas. Os
investigados que tiveram suas prisões decretadas são fazendeiros na região de
Imperatriz e Buriticupu/MA.
Nesta data estão sendo cumpridos
03(três) mandados de prisão e 05(cinco) de busca e apreensão.
Raimundo era um dos líderes do Povoado
Rio das Onças, no município de Bom Jardim. "Jaguaribe" significa
"Rio das Onças" em língua Tupi.
O
crime
O casal foi vítima de uma emboscada ao
retornar a sua casa em Bom Jardim, no dia 25 de agosto de 2015. Raimundo dos
Santos Rodrigues foi alvejado e atacado com tiros e um golpe de facão, morrendo em
decorrência dos ferimentos que sofreu. Tereza da Silva também foi alvejada a
tiros, mas sobreviveu, depois de passar por cirurgia.
A morte de Raimundo dos Santos Rodrigues
aconteceu na sequência de uma série de ameaças de morte que o defensor dos
direitos humanos relatou à Ouvidoria Agrária Nacional em Novembro de 2014. No
entanto, nenhuma ação foi tomada.
Outros membros do Conselho Consultivo da
Reserva Biológica (ReBio) vem recebendo ameaças dos madeireiros há mais dois
anos, em especial as defensoras de direitos humanos Conceição e Teresinha. Os
nomes das defensoras de direitos humanos figuram em uma suposta lista de
conselheiros da ReBio Gurupi marcados para morrer, que também incluía Raimundo
dos Santos Rodrigues.
A morte de Raimundo dos Santos Rodrigues
e tentativa de assassinato de Tereza da Silva ocorreu num contexto em que os
defensores dos direitos ambientais e indígenas no Brasil estão cada vez mais em
risco como resultado de seu trabalho. No estado do Maranhão, na sequência da
morte do líder indígena Eusebio Ka’apor, em 26 de Abril de 2015, os membros da
comunidade Ka’apor que estão lutando para preservar a floresta amazônica na
região, têm sido vítimas de perseguição e ameaças em curso.
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