A presidente da UNE lembrou que o último ataque a uma sede da entidade foi em 1º de abril de 1964, "como primeiro ato da ditadura militar", quando o prédio da união estudantil no Rio foi incendiado.
Bernardo Barbosa
Do UOL, em São Paulo

Segundo a presidente da UNE, Carina
Vitral, o ataque aconteceu por volta das 8h. No momento, seguranças protegiam a
sede, mas estavam do lado de dentro. De acordo com Carina, vizinhos do prédio
relataram que ao menos oito homens participaram da ação.
Para Carina, é simbólico que o ataque
tenha ocorrido um dia antes do que classificou como "manifestações da
direita".
"Diferentemente de um debate
público sobre os rumos do país, o que a gente vê recentemente é uma polarização
na base do ódio, da intolerância, do linchamento público, da acusação sem
provas. Isso reflete este momento político", analisou.
A presidente da UNE lembrou que o último
ataque a uma sede da entidade foi em 1º de abril de 1964, "como primeiro
ato da ditadura militar", quando o prédio da união estudantil no Rio foi
incendiado.
"Mais do que oposição política,
essas pichações refletem o ódio à democracia, à liberdade de expressão, a
divergir politicamente", disse Carina.
No fim da tarde deste sábado,
representantes da UNE estavam em uma delegacia da região registrando um boletim
de ocorrência. A presidente da entidade demonstrou preocupação com o
acirramento das tensões nas ruas com os protestos contra o governo Dilma
Rousseff marcados para este domingo (13).
"Vamos pedir proteção policial da
sede para o dia de amanhã", informou.
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