Ex-governador
do Ceará e ex-ministro do governo Dilma protocolou nesta tarde na Câmara um
pedido de impeachment contra o vice-presidente, Michel Temer, por crime de
responsabilidade; segundo ele, o pedido não se baseia nas chamadas 'pedaladas
fiscais', como no pedido contra a presidente Dilma, porque em sua avaliação a
prática não configura crime fiscal. No documento, Cid alega que Temer e o PMDB
são citados na Operação Lava Jato.
Brasil
247
O
ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação Cid Gomes protocolou na tarde
desta sexta-feira 1º, na Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment contra
o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), por crime de
responsabilidade.
Segundo
ele, o pedido não se baseia nas chamadas 'pedaladas fiscais', como no pedido
contra a presidente Dilma Rousseff, porque em sua avaliação a prática não
configura crime fiscal. No documento, Cid alega que Temer e o PMDB foram
citados na Operação Lava Jato. Ele pede ainda na peça que o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - aliado de Temer -, não analise o caso, mas
sim o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PMDB-MA), uma vez que Cunha é
um dos alvos da Lava Jato.
"Foi
revelado, por força da Operação Catilinárias [desdobramento da Lava Jato], o
pagamento da quantia de R$ 5 milhões ao denunciado, valor cuja suspeita de
origem ilícita é marcante, mormente pelas insuficientes explicações ofertadas
pelo denunciado após a revelação de mensagens sobre o pagamento de tal quantia,
por parte do senhor Léo Pinheiro [da OAS], trocadas pelo denunciado e o
presidente da Câmara dos Deputados, em cobrança por adiamento na quitação de
compromissos com a 'turma'", diz trecho do documento.
Outro
pedido de impeachment de Temer, apresentado pelo advogado mineiro Mariel Márley
Marra, chegou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal e deve ser julgado
na próxima semana pelo ministro Marco Aurélio Mello. A peça havia sido
apresentada em dezembro à Câmara, mas foi arquivada por Cunha. O autor do
documento recorreu ao STF argumentando que não cabe ao presidente da Câmara
decidir sozinho sobre o tema.
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