"Trata-se de um atentado contra direitos sociais duramente conquistados ao longo de décadas de lutas dos brasileiros. Por isso, afirmamos: não será através da ruptura democrática que solucionaremos os problemas que afetam a educação e a sociedade", diz a nota.
O Conselho Universitário da Universidade Federal do Maranhão UFMA manifestou nesta sexta-feira (8), através
de nota, que é contra o impeachment da presidente Dilma Roussef, pois se trata
de uma afronta à consciência democrática e à vontade soberana do povo, além de
ser uma grave ameaça do Estado Democrático de Direito.
“Trata-se de um atentado contra
direitos sociais duramente conquistados ao longo de décadas de lutas dos
brasileiros. Por isso, afirmamos: não será através da ruptura democrática que
solucionaremos os problemas que afetam a educação e a sociedade”, acrescenta a
nota.
Confira a íntegra da nota:
Nota
em defesa da Democracia e do Estado de Direito
Diante
da deflagração de um processo de impeachment com frágeis fundamentos legais,
contra uma presidenta democraticamente eleita, os Conselhos superiores da
Universidade Federal do Maranhão vêm manifestar seu veemente repúdio a esse
processo, que afronta a consciência democrática e a vontade soberana do povo
brasileiro, constituindo-se em grave ameaça ao Estado Democrático de Direito.
Entende este Conselho que a tentativa de promover o impeachment da presidente
da República atende a interesses menores, e não aos legítimos anseios do povo
brasileiro.
As
iniciativas antidemocráticas em curso representam um retrocesso e afetam
gravemente o funcionamento das Instituições Federais de Ensino Superior, assim
como o futuro da educação pública. Trata-se de um atentado contra direitos
sociais duramente conquistados ao longo de décadas de lutas dos brasileiros.
Por isso, afirmamos: não será através da ruptura democrática que solucionaremos
os problemas que afetam a educação e a sociedade. Ao contrário, será aprofundando
o diálogo, a democracia e a legalidade que enraizaremos a justiça social à qual
nosso povo tanto almeja.
São
Luís, 8 de abril de 2016
Conselho
Universitário da UFMA
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