
“É impossível desenvolver o Maranhão sem
uma agricultura familiar forte”. Com essa declaração, o governador Flávio Dino
deu início a 2ª Conferência Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural na
Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Ceater), nesta quarta-feira (13). O
evento faz parte da etapa da 2ª Conferência Nacional de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Cnater) e reuniu representantes do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), de federações de agricultores familiares,
comunidades tradicionais, extrativistas e sociedade em geral.

Para o governador Flávio Dino, é preciso
aumentar a produção de alimento no Maranhão para, em primeiro lugar, dinamizar
a economia, mediante a formação de um mercado consumidor de massas que ajude,
inclusive, a outros setores, como comércio, indústria, setor de serviços, “e ao
mesmo tempo há uma dimensão social nisso que é a crença que nós temos na
igualdade e na distribuição de renda”.
Ele destacou que a Conferência tem papel
fundamental porque o crescimento da produção só é possível com tecnologia, no acesso
a técnicas modernas, e com a democratização do conhecimento. “E o caminho para
que isso ocorra é a assistência técnica em extensão rural. Por isso esse
trabalho da SAF com o MDA é essencial para que nós tenhamos uma agricultura
mais forte, mais produção e uma economia mais diversificada no nosso Estado”,
reiterou Flávio Dino.
O diretor do MDA, Marenilson Batista da
Silva, realçou que a Ceater é primordial para a construção de uma política de
Ater que possa chegar aos mais diferentes recantos do país. “Aqui no Maranhão
não é diferente, queremos estar em todos os municípios, por isso que essa
parceria com o Governo do Estado e com a sociedade civil é fundamental para que
possamos ter uma assistência técnica em extensão rural que possa produzir
alimentos de qualidade”, enfatizou.
Conferências
A realização de uma Conferência Estadual
de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma
Agrária é algo inédito no Maranhão. O Governo realizou 11 conferências
territoriais, que culminaram na escolha de 179 delegados. Destes, 26 vão para a
Conferência Nacional, que será realizada em junho, em Brasília.
O secretário Adelmo Soares (SAF)
explicou que, a partir das conferências realizadas, o Governo do Estado
instituiu a Política Estadual de Extensão Rural para a Agricultura Familiar e
Reforma Agrária (Peater/MA) e o Programa Estadual de Assistência Técnica e
Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Proater/MA). “Nós
não podemos desenvolver o Maranhão sem a assistência técnica qualificada, de
boa qualidade para os nossos agricultores. Então é mais um eixo que nós
desenvolvemos e buscamos para a melhoria do estado”, sublinhou.
O assessor institucional da Fetraf
(Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar),
Breno Ribeiro, disse que o governador Flávio Dino está valorizando a atividade
no Maranhão. “É uma iniciativa que tem dado voz a esse grupo, esses vários
grupos de pessoas que antes eram invisíveis sociais. São pessoas que não tinham
oportunidades de falar os seus anseios, de mostrar as suas necessidades e de
buscar soluções para isso. E essa Conferência Estadual de ATER eu acho que é a
coroação dessa mudança de postura”, frisou.
A 2ª Ceater reuniu representantes, além
da Fetraf, da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Maranhão
(Fetaema), do Movimento dos Sem Terra (MST), do Movimento Interestadual da
Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Associação das Comunidades Negras Rurais
Quilombolas do Maranhão (ACONERUQ), os presidentes da Agência Estadual de
Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), Júlio César Mendonça, e do
Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), Mauro Jorge.
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