Por Alex Solnix

Como sabem as torcidas do Flamengo e do
Fluminense trata-se de um jogo difícil, muito disputado e de resultado
imprevisível.
Para sair com a taça na mão, a oposição
precisa ganhar de goleada. O governo fica com o troféu se empatar ou se perder
de pouco.
Não há dúvida, portanto, que o governo é
favorito, diriam comentaristas esportivos.
A oposição precisa colocar nas redes do
governo 342 gols! Um resultado atípico. Inverossímil. Altamento improvável.
Dirão os derrotistas: "mas Collor
levou goleada".
Sim, mas seu time estava completamente
desfalcado, não tinha ninguém na defesa e ninguém no ataque. Todos jogavam no
time da oposição.
É fato que a oposição vai jogar "em
casa", no seu campo, que é a Câmara Federal.
Mas não terá toda a torcida a favor. As
torcidas estão divididas, como mostram as ruas. O time do Collor não tinha
torcida alguma.
Ademais, torcida é importante, mas o que
apavora os jogadores, mais que as vaias, é a possibilidade de não renovarem
seus contratos para a próxima temporada.
E não é a torcida que renova seus
contratos, mas os dirigentes dos clubes.
Os principais dirigentes do clube da
oposição são Eduardo Cunha e Michel Temer.
Tudo o que eles podem prometer está no
futuro. "Se vocês ganharem de goleada, tanto o 'bicho' como os novos
contratos serão generosos".
No entanto, tudo indica que o prazo de
validade de Cunha está expirando, em vários sentidos. A qualquer momento ele
pode perder seu cargo de dirigente e, com isso, seu poder.
Como acreditar em promessas futuras de
um dirigente que está prestes a cair?
A situação do outro "prócer"
não é muito melhor. Ele também corre o risco de ser derrubado por
"delatores premiados". E suas promessas irem por água abaixo.
Já os jogadores do governo defendem seu
time por convicção e não com base em benesses futuras.
Eles sabem que têm que ganhar ou empatar
ou perder de pouco não para obter vantagens futuras, mas porque a goleada da
oposição será fruto de um golpe que pode colocar em risco os próximos
campeonatos.
Eles vão dar sangue, suor e lágrimas não
somente para a sua dirigente completar seu mandato, mas em defesa de algo maior:
a democracia.
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