Era preciso coragem para encarar uma
espécie de corredor polonês formado pela tropa de choque de Eduardo Cunha no
caminho até o único microfone disponível na votação do impeachment. Votar 'sim'
significava sair dali saudado, abraçado, aplaudido. Votantes do 'não'
enfrentavam xingamentos, provocações e vaias. A seguir, confira alguns dos
discursos mais corajosos (que desafiaram, inclusive, o presidente da Câmara).
do Pragmatismo Político
A Câmara dos Deputados realizou no domingo (17) a votação sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O placar final, após seis horas de
votação, ficou em 367 a favor do impedimento de Dilma e 137 contra. Além
desses, sete deputados se abstiveram e dois faltaram.
Durante a votação, deputados que compõem
a tropa de choque de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fizeram uma espécie de corredor
polonês até a chegada do microfone. Fazia parte da estratégia de pressão para
reverter votos de inseguros e indecisos.
Horas antes, parlamentares exigiam dois
ou mais microfones disponíveis para externar suas falas, a exemplo do que
ocorreu na votação do impeachment de Collor, em 1992. O pedido foi frontalmente
negado por Eduardo Cunha.
Ontem, domingo, no ambiente hostil que
se formou na Câmara e, sobretudo, nos arredores do único microfone, votar ‘sim’
significava ser aclamado, abraçado, aplaudido e receber sorrisos. Por outro
lado, votantes do ‘não’ enfrentavam xingamentos, provocações e vaias.
Mesmo diante de um cenário adverso e até
quando já se sabia da irreversibilidade do resultado, alguns parlamentares se
destacaram por rejeitar o que lhes seria mais confortável e proferiram
discursos de coragem e de enfrentamento. Confira abaixo:
Glauber Braga
Ivan Valente
Aliel Machado
Professora Marcivania
Chico Alencar
Jandira Feghali
Margarida Salomão
Wadih Damous
Henrique Fontana
Moema Gramacho
Jean Wyllys
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