"Hoje, no Brasil, tem um
certo clima de quanto pior melhor. Acho que um clima de quanto pior melhor não
interessa ao país. Não interessa à necessária estabilidade econômica e política
do país", discursou a presidente em evento no Rio de Janeiro.
Ana Cristina Campos, da Agência
Brasil
A presidenta Dilma Rousseff
voltou a afirmar hoje (8) que o clima do "quanto pior melhor " no
cenário político não beneficia a retomada econômica e a estabilidade do país.
Ela defendeu o diálogo e a parceria entre setores público e privado para a
volta do crescimento.
"Hoje, no Brasil, tem um
certo clima de quanto pior melhor. Acho que um clima de quanto pior melhor não
interessa ao país. Não interessa à necessária estabilidade econômica e política
do país. Se nós somos capazes de fazer uma Olimpíada, uma Paraolimpíada, somos
capazes de fazer também o nosso país voltar a crescer. Para isso, um elemento é
fundamental: o elemento da convergência, do diálogo e da parceria. Esse é um
símbolo e um exemplo para Brasil de que é possível fazer, quando pessoas de bem
se unem em prol do bem do povo brasileiro", disse.
A presidenta deu a declaração em
discurso durante a cerimônia de inauguração do Estádio Aquático Olímpico, na
Barra da Tijuca, no Rio, construído para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio
2016, na zona oeste da cidade.
Os ministros da Saúde, Marcelo
Castro, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, filiados ao PMDB,
participaram do evento. O partido deixou de apoiar o governo da presidenta
Dilma Rousseff no fim de março e determinou que os ministros peemedebistas
deixassem seus cargos, mas os titulares das pastas já disseram que pretendem
permanecer no governo. O ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser, também
estava presente na cerimônia.
Também houve a entrega de 146
ambulâncias de UTI móvel que serão usadas nos Jogos Rio 2016 e nos
eventos-testes antes da competição.
Estádio
Aquático
Construído no Parque Olímpico da
Barra, o estádio vai receber as competições de natação olímpica e paralímpica e
de polo aquático. Com capacidade para 18 mil lugares, é composto por duas
piscinas de 50 metros, uma de competição na área interna e uma de treinamento
na parte externa.
O complexo recebeu investimentos
de R$ 225,3 milhões do Ministério do Esporte, sendo R$ 217,1 milhões para
construção e outros R$ 8,2 milhões para manutenção. Feita de vigas metálicas
modulares e piscinas pré-fabricadas, a estrutura foi projetada para ser
temporária e desmontável. Após a Olimpíada, a instalação será transformada em
ginásios esportivos na capital fluminense.
O Estádio Aquático Olímpico
receberá, de 15 a 20 de abril, o campeonato Troféu Maria Lenk de Natação, que
servirá como evento-teste da modalidade e reunirá nadadores brasileiros em
busca da vaga para a Olimpíada, além de 55 atletas de 11 países. Entre os
brasileiros serão 58 clubes, com 356 atletas.
De 22 a 24 de abril, a
instalação receberá o Open Internacional Caixa Loterias de Natação Paralímpica,
com 212 atletas de 19 países, e servirá como evento-teste da modalidade para os
Jogos Paralímpicos Rio 2016. O polo aquático fecha a sequência de torneios
preparatórios na arena, entre os dias 25 e 29 de abril.
O Parque Olímpico da Barra está
com 98% das obras concluídas e ocupa uma área de 1,18 milhão de metros
quadrados, onde ocorrerão disputas de 16 modalidades olímpicas e nove
paralímpicas.
O Palácio do Planalto confirmou
que Dilma não viajará para a cidade de Olímpia, na Grécia, para acompanhar a
cerimônia de acendimento da tocha olímpica no dia 21 de abril.
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