Ação
da Federal faz parte da nova fase da Operação Lava Jato e faz buscas também na
Eldorado, empresa da holding J&F, controladora da JBS, que fica no mesmo
prédio da sede da Friboi
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Lúcio Bolonha Funaro |
POR FAUSTO MACEDO,
JULIA AFFONSO,
FÁBIO FABRINI E FABIO SERAPIÃO
O Estado de São Paulo
A Polícia Federal prendeu nesta
sexta-feira, 1, na Operação Sépsis, nova fase da Lava Jato, o empresário Lucio
Bolonha Funaro, amigo do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). Funaro é suspeito de achacar grandes empresas, com parceria do parlamentar,
e ser operador de propina de Cunha.
A nova etapa da Lava Jato faz
buscas na Eldorado, empresa da holding J&F, controladora da JBS, que fica
no mesmo prédio da sede da Friboi, e na casa do lobista Milton Lyra. A operação
foi deflagrada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
A pedido da Procuradoria-Geral
da República, a Polícia Federal cumpre um mandado de prisão preventiva e 19
mandados de busca: 12 em São Paulo, 2 no Rio de Janeiro, 3 em Pernambuco e 2 no
Distrito Federal.
Lucio Funaro, preso em São
Paulo, será levado para a custódia da Polícia Federal em Brasília . O operador
de Cunha foi o único delator do processo do Mensalão. Para se livrar de uma
condenação, Funaro revelou os caminhos de valores ilícitos para o PR.
Fabio Cleto afirma, em delação,
que Eduardo Cunha ficou com 1% de negócio de R$ 940 milhões aprovado pelo
FI-FGTS com a Eldorado.
Uma nova delação premiada,
firmada com a Procuradoria-Geral da República, aponta o suposto repasse de
propinas milionárias para senadores do PMDB, entre eles o presidente do
Congresso, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM). Nelson
Mello afirmou em seu depoimento aos procuradores que pagou R$ 30 milhões a dois
lobistas com trânsito no Congresso para efetuar os repasses. Lúcio Bolonha
Funaro e Milton Lyra seriam os responsáveis por distribuir o dinheiro para os
senadores.
A origem do nome Sépsis faz
referência ao quadro de infecção generalizada, quando um agente infeccioso
afeta mais de um órgão.
COM
A PALAVRA, A JBS
JBS NÃO É ALVO DE OPERAÇÃO DA
POLÍCIA FEDERAL
São Paulo, 01 de julho de 2016 –
A JBS comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que, em relação às
notícias veiculadas na data de hoje pela imprensa, a Companhia, bem como seus
executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal
ocorrida na manhã de hoje.
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