Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 1 de julho de 2016

PF prende operador de Eduardo Cunha

Ação da Federal faz parte da nova fase da Operação Lava Jato e faz buscas também na Eldorado, empresa da holding J&F, controladora da JBS, que fica no mesmo prédio da sede da Friboi
Lúcio Bolonha Funaro
POR FAUSTO MACEDO,
JULIA AFFONSO,
FÁBIO FABRINI E FABIO SERAPIÃO
O Estado de São Paulo

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 1, na Operação Sépsis, nova fase da Lava Jato, o empresário Lucio Bolonha Funaro, amigo do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Funaro é suspeito de achacar grandes empresas, com parceria do parlamentar, e ser operador de propina de Cunha.

A nova etapa da Lava Jato faz buscas na Eldorado, empresa da holding J&F, controladora da JBS, que fica no mesmo prédio da sede da Friboi, e na casa do lobista Milton Lyra. A operação foi deflagrada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

A pedido da Procuradoria-Geral da República, a Polícia Federal cumpre um mandado de prisão preventiva e 19 mandados de busca: 12 em São Paulo, 2 no Rio de Janeiro, 3 em Pernambuco e 2 no Distrito Federal.

Lucio Funaro, preso em São Paulo, será levado para a custódia da Polícia Federal em Brasília . O operador de Cunha foi o único delator do processo do Mensalão. Para se livrar de uma condenação, Funaro revelou os caminhos de valores ilícitos para o PR.

Fabio Cleto afirma, em delação, que Eduardo Cunha ficou com 1% de negócio de R$ 940 milhões aprovado pelo FI-FGTS com a Eldorado.

Uma nova delação premiada, firmada com a Procuradoria-Geral da República, aponta o suposto repasse de propinas milionárias para senadores do PMDB, entre eles o presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM). Nelson Mello afirmou em seu depoimento aos procuradores que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para efetuar os repasses. Lúcio Bolonha Funaro e Milton Lyra seriam os responsáveis por distribuir o dinheiro para os senadores.

A origem do nome Sépsis faz referência ao quadro de infecção generalizada, quando um agente infeccioso afeta mais de um órgão.

COM A PALAVRA, A JBS

JBS NÃO É ALVO DE OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

São Paulo, 01 de julho de 2016 – A JBS comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que, em relação às notícias veiculadas na data de hoje pela imprensa, a Companhia, bem como seus executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal ocorrida na manhã de hoje.

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