Na
véspera, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou a denúncia
contra Renan por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia, o
presidente do Senado recebeu R$ 800 mil em propina por meio de duas doações
oficiais da empreiteira Serveng Civilsan, destinadas à sua campanha ao Senado
em 2010.
Erich
Decat e Julia Lindner ,
O
Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Um dia após o Ministério
Público Federal oferecer denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia
contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o peemedebista voltou
a defendeu nesta terça-feira, 13, a aprovação do projeto de abuso de autoridade
no plenário da Casa. Em entrevista à imprensa, após reunião com líderes das
bancadas, Renan lembrou que o tema está na pauta desta terça. “O Brasil está precisando muito de uma
lei para conter o abuso de autoridade”, afirmou.
Na véspera, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, apresentou a denúncia contra Renan por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, o presidente do Senado
recebeu R$ 800 mil em propina por meio de duas doações oficiais da empreiteira
Serveng Civilsan, destinadas à sua campanha ao Senado em 2010. O senador nega
qualquer irregularidade.
“Essa denúncia de ontem é risível,
ridícula, não há nem sequer acusador. Eles não têm o que me contestar com
prova, nem na minha vida pública nem privada. Estou sob devassa há nove anos.
Não tenho o que temer, estou sob devassa, perseguido há nove anos, não é
agora”, disse.
Renan ressaltou ainda que a colocação do
projeto de abuso de autoridade na pauta do plenário não era uma retaliação e
lembrou que ela foi incluída no calendário semanas antes após acordo entre os
líderes.
"Abuso de autoridade não foi
pautado hoje, plenário e líderes definiram matéria como um dos temas
prioritários para serem votados até final do ano", disse. O presidente do
Senado lembrou que os requerimentos para retirada de pauta serão analisados
antes da votação. “O plenário votará de acordo com consciência, mas não votar é
dificultar papel do Congresso”
Após reunião com Renan, alguns líderes
ressaltaram que há na Casa um sentimento de revolta em razão do vazamento da
delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo
Filho que atingiu diversos integrantes da cúpula do Senado e do governo.
O tema também foi alvo de críticas de
Renan. “O Ministério Público se perdeu na condução política. Quando você tem
Ministério Público fazendo política, ele perde a condição de ser fiscal da
lei”, disse o peemedebista. Em seguida, ele citou o juiz Federal Sérgio Moro
responsável pela condução da Operação Lava Jato. "Quando o juiz Sérgio
Moro esteve aqui perguntei se o artigo que ele escreveu há 12 anos e que ele
dizia que tinha um paralelo com o Brasil, se ele mantinha aqueles pontos de
vista, um deles dizia que era preciso vazar delação para a imprensa amiga para
minar a credibilidade do sistema político. Neste patamar é muito difícil priorizar
a democracia, robustecê-la, fortalecê-la, e esse tem sido o papel do Senado”.
Quem é Renan para está criticando o judiciário brasileiro, sei que o judiciário tem falhas, que devem serem apuradas e os responsáveis punidos, Renan deveria ter vergonha na cara e renunciar o cargo de senador, assim estaria honrado o povo que elegeu.
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