Antiga Conap, a Auxílio
Agenciamento de Recurso Humanos e Serviços Ltda fez a doação para a reeleição
do governador. Junto com a Umanizzare, a empresa já recebeu R$ 1,1 bilhão do
Estado.
No ano da eleição, a
empresa recebeu R$ 216 milhões para gerir o sistema prisional. Entre janeiro e
agosto de 2016, o volume subiu para R$ R$ 429,4 milhões.
Governador do Amazonas durante entrevista coletiva do portal D24am |
A Auxílio
Agenciamento de Recurso Humanos e Serviços Ltda. doou R$ 300 mil para a
campanha eleitoral de José Melo ao governo do Estado, em 2014, de acordo com os
dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A empresa, antiga Conap, faz parte
do grupo empresarial que recebeu R$ 1,1 bilhão do Estado do Amazonas, entre
2010 e 2016, para administrar os presídios de Manaus.
O grupo é
composto também pela Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda, que faz parte
do Consórcio Pamas - Penitenciárias do Amazonas, formado com a LFG Locações e
Serviços Ltda., e tem contrato com o governo com prazo de 27 anos, prorrogável
até 35 anos.
Somente a
Umanizzare recebeu R$ 809,5 milhões do Estado do Amazonas desde 2010.
No ano em que
José Melo foi eleito governador, a empresa recebeu R$ 216 milhões. No ano
seguinte, em 2015, mais R$ 135,6 milhões. Entre janeiro e agosto de 2016, o
montante subiu para R$ 429,4 milhões pagos pela Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária (Seap), segundo dados do Portal da Transparência e
dos relatórios de prestação de contas anuais do governo, publicados no site do
Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A empresa
responde a processos instaurados pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM),
para apurar práticas de irregularidades e ilícitos no Instituto Penal Antônio
Trindade (Ipat) e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).
Já a Auxílio
Agenciamento de Recursos Humanos e Serviços Ltda. recebeu outros R$ 298
milhões, em seis anos, o que totaliza R$ 1,1 bilhão repassados pelo Estado para
as duas empresas.
Em nota, a
Umanizzare se manifestou pela primeira vez sobre a chacina e a fuga de
detentos. A empresa "lamenta profundamente a tragédia ocorrida em Manaus,
e tem buscado, junto com o Governo do Estado do Amazonas, prestar todo o apoio
necessário às autoridades na investigação da ocorrência e na elucidação dos
fatos", diz o texto.
De acordo com
a empresa, a administração é em regime de co-gestão, no Complexo Penitenciário
Anísio Jobim (Compaj), em que compete a prestação de suporte às
atividades-meio, tais como apoio logístico, limpeza, conservação, manutenção,
alimentação, assistência material e assistências jurídica, psicológica, médica,
odontológica, social, ocupacional e religiosa. Ao Estado cabe as
atividades-fim, como a execução penal dos sentenciados, a direção do presídio e
a disciplina e vigilância dos detentos.
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