Alexandre de Moraes chegou a Manaus na
noite desta segunda-feira, 2, e deu uma entrevista coletiva
O Estado de São Paulo
SÃO PAULO - Em entrevista coletiva
realizada na noite desta segunda-feira, 2, o ministro da Justiça e Cidadania,
Alexandre de Moraes, disse que os líderes do maior massacre da história do
sistema prisional do Amazonas, que deixou 60 mortos entre domingo, 1º, e segunda, devem ser transferidos para
presídios federais.
“O governo do Amazonas pediu a
transferência. Vamos identificar as lideranças e atender o mais rápido
possível”, afirmou. O governo do Amazonas não pediu reforço da Força Nacional
de Segurança. "Não há necessidade da Força Nacional. Não há uma situação
de insegurança pública. Houve uma situação dura, muitas mortes dentro do
presídio, mas não extrapolou para fora, então não houve essa necessidade",
comentou Moraes. Até a noite desta segunda, o presidente Michel Temer não se
pronunciou sobre o ocorrido.
O ministro Moraes ressaltou que a Polícia
Civil já instaurou inquérito para identificar os responsáveis pela rebelião no
Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Moraes também contou que
conversou com o governador do Amazonas, José Melo, e o presidente Temer e, com
eles, traçou um panorama da atual situação carcerária no Estado. Ele destacou a
necessidade de investimentos em unidades prisionais.
"Penitenciária é prioridade
Em todo
o Brasil, R$ 32 milhões foram repassados para a construção de novos presídios.
Aqui no Amazonas será possível o aumento de 1,2 mil vagas em penitenciárias,
somadas as 3,6 mil vagas que vão ser disponíveis com uma Colônia Penal Agrícola
e dois CDPs que devem ficar prontos este ano e solucionar a superlotação",
disse.
Moraes acredita que, com esses
investimentos, será possível fazer a separção dos presos de acordo com a
gravidade e reincidência em crimes. "Algo que a Constituição diz, mas
infelizmente não ocorre", ressaltou. / COM AGÊNCIAS
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