Peemedebista foi alvo de mais um mandado
de prisão preventiva nesta manhã na 5ª fase da Operação Sodoma, que apura um
esquema de corrupção envolvendo contratos de duas empresas com o governo do MT
entre 2011 e 2014
Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Folha de São Paulo
O ex-governador de Mato Grosso Silval
Barbosa (PMDB) e outros quatro investigados foram presos preventivamente nesta
manhã na quinta fase da Operação Sodoma, deflagrada pela Polícia Civil do Mato
Grosso para investigar um esquema de fraudes à licitação, desvio de dinheiro
público e pagamento de propinas no Estado. Silval já estava detido desde a
primeira fase da investigação, em 2015 e agora é alvo de um novo mandado.
Segundo as investigações, as empresas
Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática
LTDA teriam pago propina de ao menos R$ 7 milhões para a organização criminosa
supostamente liderada pelo peemedebista no Estado entre 2011 e 2014. Neste
período, as duas empresas receberam aproximadamente R$ 300 milhões em contratos
com o governo de Barbosa.
A investigação é conduzida pela
Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública
(Defaz). Ao todo, 17 equipes de policiais civis, com delegados investigadores e
escrivães, cumprem cinco mandados de prisão preventiva nove de condução
coercitiva e nove de busca e apreensão domiciliar, nos estados de Mato Grosso,
Santa Catariana e Distrito Federal.
Os mandados de prisão foram cumpridos
contra os investigados: Valdisio Juliano Viriato, Francisco Anis Faiad, Silval
da Cunha Barbosa, Sílvio Cesar Corrêa Araújo, Jose Jesus Nunes Cordeiro. Entre
os conduzidos coercitivamente para interrogatórios estão: Wilson Luiz Soares,
Mario Balbino Lemes Junior, Rafael Yamada Torres, Marcel Souza de Cursi,
Valdecir Cardoso de Almeida.
De acordo com a Polícia Civil do MT,
suspeitos são investigados em fraudes à licitação, corrupção, peculato e
organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto
Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de
2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
Segundo a Polícia Civil apurou, as
empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação
Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de propinas,
“utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de
Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu),
antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra)”, diz a nota divulgada pela
Polícia.
Os presos e conduzidos estão sendo
levados para a Defaz. As ordens judiciais foram decretadas pela Juíza da 7ª
Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda.
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