Rádio Voz do Maranhão

domingo, 16 de abril de 2017

“A Verdade e a Luz sempre vencem confusões, mentiras e armações”, diz Flávio Dino em mensagem de Páscoa

Em sua coluna semanal no Jornal Pequeno, o governador do Maranhão Flávio Dino enviou uma mensagem de Páscoa aos leitores. No texto intitulado “A vitória da Verdade”, o governador afirma que assim como a Páscoa nos lembra a vitória da Vida sobre a morte, também a “Verdade sempre se sobrepõe às falsas palavras”.

O governador ressalta no texto os ensinamentos de humildade de Jesus, que “escolheu cumprir a condenação imposta pelo imperialismo romano e apoiada pela maioria da população”. O governador também lembra do exemplo deixado por Cristo no Lava Pés, que compõe o calendário cristão da Páscoa. “É o exemplo que tem sido revivido mais recentemente pela grande liderança do Papa Francisco, com a feliz idéia de lavar os pés de refugiados, sinalizando que exatamente os mais humilhados são os que mais merecem nossa atenção”, afirma.

Ao final, o governador conclui pedindo que “os ensinamentos pascoais nos encham de inspiração para encarar nossos desafios” de governar o estado. E termina com um recado sobre as acusações que recebeu esta semana: “Tenho a convicção de que a Verdade e a Luz, que emanam das palavras acima, sempre vencem confusões, mentiras e armações. Feliz Páscoa a todos!”

Leia a íntegra da mensagem do governador

A vitória da Verdade

Celebramos neste domingo a Páscoa, uma das mais importantes datas do calendário cristão. Tempo de comemorar a vitória da Vida sobre a morte, representada na ressurreição de Jesus, após o Calvário da Sexta Santa. A Páscoa renova a certeza de que a Verdade sempre se sobrepõe às falsas palavras.

A força da Páscoa que move cristãos no mundo todo vem da reafirmação, ano após ano, do princípio universal de renovação da Vida. Após o período meditativo da Quaresma, vem o momento de celebrar esse bem máximo. Jesus Cristo nos deu o exemplo ao mostrar que nem a morte é capaz de suplantar a Vida, pois ela segue eterna em outro plano e compartida entre todos.

Tendo podido usar toda sua força divina contra os que o acusavam, Jesus Cristo escolheu cumprir a condenação imposta pelo imperialismo romano e apoiada pela maioria da população. Foi torturado e morto no calvário lembrado em vários pontos do Maranhão durante a Sexta Santa, como na emocionante Via Sacra do Bairro Anjo da Guarda, novamente um grande sucesso neste ano, que tivemos a alegria de apoiar.

Jesus corroborou a humildade que já havia nos deixado de exemplo quando se ajoelha para lavar os pés de seus discípulos. E ensina-os a repetir a missão. "Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" (João 13,14). É o exemplo que tem sido revivido mais recentemente pela grande liderança do Papa Francisco, com a feliz ideia de lavar os pés de refugiados, sinalizando que exatamente os mais humilhados são os que mais merecem nossa atenção.

Ao terceiro dia após a crucificação, Maria foi ao sepulcro velar o corpo de Cristo. Encontrou o local aberto e, ao lado de fora, Jesus. Mas Maria não o reconheceu, pensando tratar-se de um jardineiro (João, 20 : 1-17). Ao ler essa Palavra, penso que Jesus demonstra que ressuscitou no olhar de cada um de nós e dos que nos cercam. Principalmente dos desconhecidos e mais humildes, com os quais temos obrigação de seguir o ensinamento cristão, compartilhando o pão e o projeto conjunto de um mundo de "vida em abundância" (João, 10 : 10).

É o que Ele ensinou no Evangelho, ao mostrar como viviam os Apóstolos após a ressurreição de Cristo a fim de seguir seus ensinamentos. “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era de todos” (Atos, 4 : 32). Ou seja, viviam um mundo de partilha e comunhão, portanto de justiça plena. Em outras passagens Ele já havia deixado clara a importância da partilha para o futuro da humanidade. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos” (Lucas, 4 : 18).

Que os ensinamentos pascoais nos encham de inspiração para encarar nossos desafios, que são gigantescos em nosso estado. Transformá-lo em um lugar melhor consome o trabalho diário de todos nós. Mas tenho certeza que estamos no caminho certo e que os frutos estão sendo recompensadores. Tenho a convicção de que a Verdade e a Luz, que emanam das palavras acima, sempre vencem confusões, mentiras e armações.

Feliz Páscoa a todos!

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