Mais
de 70 mandados judiciais estão sendo cumpridos em 51 cidades.
Por Adriana Justi e José Vianna, G1 PR,
Curitiba
A Polícia Federal (PF) está nas ruas
desde as primeiras horas desta terça-feira (25) para cumprir a segunda fase da
Operação Glasnost, que investiga exploração sexual de crianças e o
compartilhamento de pornografia infantil na internet. A ação cumpre mandados em
51 cidades de 14 estados brasileiros.
Foram expedidos três mandados de prisão
preventiva, 72 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando
a pessoa é levada para prestar depoimento.
Até as 7h50, 11 pessoas tinham sido
presas, sendo oito em flagrante e três preventivas. As preventivas foram
cumpridas em Paranapanema e Guarujá, em São Paulo, e Santarém, no Pará.
Segundo a PF, a investigação teve como
base o monitoramento de um site russo utilizado como uma espécie de “ponto de
encontro” de pedófilos do mundo todo.
Os investigados produziam e armazenavam
fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses
de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam
para contatos no Brasil e no exterior.
As ordens judiciais estão sendo
cumpridas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e
Sergipe.
A PF disse ainda que as investigações
resultaram na identificação de centenas de usuários, brasileiros e
estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de
diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido
identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.
Primeira
fase
A primeira fase da operação foi
deflagrada em novembro de 2013. À época, foram cumpridos 80 mandados de busca e
prisão e realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil.
Também foram identificados e presos diversos abusadores sexuais, bem como
resgatadas vítimas, com idades entre 5 e 9 anos.
O
nome da operação
O nome da operação é uma referência ao
termo russo que significa transparência. "A palavra foi escolhida porque a
maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de
imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao
redor do mundo", explicou a PF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário