A Polícia Federal (PF), com o apoio do
Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio), deflagrou, nesta manhã (13), a
operação Curió Legal com o objetivo de debelar a prática de delitos ambientais
contra a fauna que praticados nos torneios de pássaros canoros na Região de São
Luís, além de outros delitos relacionados como posse e porte ilegal de arma de
fogo.
A partir das investigações, foi possível
constatar que as suspeitas recaiam sobre os criadores amadoristas competidores.
A recorrência de anilhas falsas ou fraudadas nesses concursos é muito forte, e
muitas vezes os pássaros nem se quer possuem a referida marcação. A corroborar
as suspeitas, o Ibama informou que há mais de um ano não entrega anilhas novas
a criadores amadoristas no estado do Maranhão.
Assim, muitos dos pássaros que
participaram desse torneio teriam sido capturados na natureza de forma
clandestina e foram postas anilhas falsas, caracterizando os delitos do Artigo
296, do Código de Processo Penal bem como do Artigo 29 da Lei, 9.605/98, Lei de
Crimes Ambientais, entre outros.
Os espécimes vencedores são muito
valiosos, chegando a custar dezenas de milhares de reais cada um. Evidentemente
que os melhores cantores são encontrados na natureza e não nos cativeiros,
onde, em tese estariam legais.
Cerca de 55 policiais federais, 10
servidores do Ibama, 2 do ICMBio participaram da operação. A ação policial
ocorreu em um clube local utilizado para esse tipo de competição e frequentado
pelos criadores de canários e outras aves na capital maranhense.
Durante o desencadeamento da operação
foram efetuadas nove prisões em flagrante, tendo sido os procedimentos de
polícia judiciária lavrados na Superintendência Regional de Polícia Federal no
Maranhão. Foram apreendidas 62 aves, 1750 projéteis de pistola 9mm, 3 armas de
fogo, 101 projéteis de fuzil 556, além de 2 caixas acústicas, meio extremamente
cruel utilizado para treinamento dos pássaros cantores.
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