O ex-candidato a prefeito de Barra do
Corda, Manoel Mariano de Sousa Filho, o Júnior do Nenzin, suspeito de tramar o
assassinato do pai, foi apresentado à imprensa, no fim da manhã desta
sexta-feira (8), no auditório da Secretaria de Estado da Segurança Pública
(SSP).
Ele foi preso por volta de 5h30 da manhã de hoje na casa de um amigo em Barra do Corda. O suspeito foi trazido para São Luís em
um helicóptero do CTA, que chegou ao heliponto localizado na SSP, no Outeiro da
Cruz, ao meio dia. Em seguida, ele foi levado ao auditório para apresentação.
Ele é apontado pela a polícia como o
principal suspeito pela morte do pai, Manoel Mariano, o Nenzin. O ex-prefeito foi morto com um tiro no pescoço, na manhã da quarta-feira (6), na zona rural de Barra do Corda, a 341 km de São Luís. De acordo com
as investigações, no dia do crime o filho estava junto ao pai e não havia mais
ninguém no local.
Na primeira versão que veio à tona,
contada pelo filho, ele teria sido abordado por dois homens em uma moto, que atiraram
e mataram o ex-prefeito. Mariano Filho, que estava com o pai, nada sofreu.
Segundo o secretário Jefferson Portela,
o ex-prefeito foi executado por um disparo de um revólver 38, a curta
distância. Na reinquirição do suspeito, a polícia vai tentar descobrir se o
disparo foi feito por ele mesmo ou se por outra pessoa que poderia estar dentro
do veículo.
Outro suposto envolvido está foragido e a polícia já diligencia
para identificá-lo e prendê-lo. A polícia suspeito que esse foragido possa ter
sido o responsável pelo disparo que
matou o ex-prefeito.
O secretário revelou também que Júnior
de Nenzin, com o pai já baleado dentro da caminhonete, ainda circulou no
entorno do condomínio por cerca de 40 minutos. Depois disso, decidiu levá-lo a uma unidade de saúde, sendo transferido de imediato para o Socorrão de
Presidente Dutra.
Além disso, após deixar o pai na unidade de saúde, em vez de acompanhá-lo
permanentemente, Júnior de Nenzim retornou para sua residência, onde tomou
banho e mandou a caminhonete para um lava jato.
No momento da prisão do suspeito, a
polícia prendeu Antônio Filho Moraes, que estava com uma pisto 380. Ele é uma
espécie de braço direito de Júnior Nenzim e já teria trabalhado na justiça de
Barra do Corda.
Estão presos, ainda, Francisco David
Correia Freitas que levou a caminhonete para o lava jato, e Luzivan Rodrigues
Conceição Nunes, responsável pelo gado da fazenda do ex-prefeito.
O crime teria sido motivado pelo fato de
o suspeito, com altas dívidas de campanha, estar fazendo a venda de gado sem
conhecimento do pai. Na quarta-feira (6), quando foi assassinado, o ex-prefeito
estava indo à fazenda para fazer a conferência do rebanho.
Das 635 cabeças, restavam apenas uma
média de 80. Sumiço de quase 600 cabeças de gado, que seria detectado
naquela manhã.
Sabendo da visita para contagem de bois,
o vaqueiro Luizão teria entrado em contato com Mariano Filho e informando que
não levaria a culpa sozinho. Estava disposto a contar a Nenzin sobre a autoria
do filho.
Júnior de Nenzin vai ficar preso
temporariamente em uma das unidades prisionais do Complexo de Pedrinhas. Se
houver necessidade, será pedida a prisão preventiva. Ele deve ser levado para
audiência de custódia neste sábado (8).
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