Além de ver Dino liderar com mais de 60% dos votos válidos, Roseana Sarney, variando entre 27% e 30% das intenções de voto, tem a maior rejeição entre os pré-candidatos, segundo dados dos Institutos Exata e Datailha.
*Por Robson Paz
O duelo eleitoral entre o governador
Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) parece cada vez
mais improvável. A mdebista apostava em três fatores para entrar na disputa
pelo governo do Estado: viabilidade eleitoral, apoio político e poderio
midiático.
Com base nesse tripé, o plano do grupo
Sarney era consolidar o projeto até dezembro de 2017. Janeiro chegou e todos os
cenários são amplamente desfavoráveis à tentativa do sarneísmo voltar ao poder.
No âmbito eleitoral, as pesquisas divulgadas
pela TV Difusora e pelo Jornal Pequeno, em dezembro passado, mostraram
favoritismo do governador Flávio Dino à reeleição.
Além de ver Dino liderar com mais de 60%
dos votos válidos, Roseana Sarney, variando entre 27% e 30% das intenções de
voto, tem a maior rejeição entre os pré-candidatos, segundo dados dos
Institutos Exata e Datailha
Na seara política, a desvantagem de
Roseana Sarney é ainda mais visível. Enquanto o governador comunista manteve
praticamente intacta a aliança que o levou ao Palácio dos Leões, em 2014, a
mdebista amarga quase completo isolamento. A maioria dos partidos
historicamente aliados do sarneísmo anunciou apoio ao governo e à
pré-candidatura do PCdoB.
Ao menos seis legendas PRB, PP, PR, DEM,
PROS e PTB estarão na aliança liderada por Flávio Dino.
Não por acaso, o ex-senador José Sarney
vetou a nomeação do deputado federal Pedro Fernandes (PTB) para o Ministério do
Trabalho. A desesperada tentativa de recuperar o apoio do PTB tinha o
simbolismo de um troféu a ser exibido pelo chefe maior da oligarquia como
demonstração de força para os políticos. Deu com os burros n’água!
A postura firme, leal do presidente do
PTB escancarou ao Maranhão e ao Brasil, a política coronelista e retrógrada
praticada por Sarney e a candidatura caricata de Roseana Sarney.
- Mas, Sarney é detentor de um império
midiático capaz de causar avarias na imagem de governos e políticos. Diria, um
observador!
Sim, verdade que Sarney tem um
oligopólio de comunicação encabeçado pela afiliada da Rede Globo, dezenas de
emissoras de TVs e outras tantas de rádios, jornal e portal de internet. De
fato, não é desprezível!
Contudo, o ambiente da comunicação do
Maranhão não mais permite a criação de factóides como a “morte e ocultação de
cadáver de Reis Pacheco”, sem a devida constatação da verdade com a celeridade
e pluralidade propiciada pela internet e redes sociais.
Ademais, pelo menos, metade da população
do estado não se informa pela TV Mirante, pois acessa TV por parabólica. Cada
vez maior também é o índice da população com acesso à internet, especialmente
via celular. Isto é, com informações ao alcance das mãos.
Com o revés do clã Sarney nos campos
eleitoral, político e midiático, restam-lhes a influência sobre o presidente
Michel Temer e o apoio deste para Roseana Sarney. Recente pesquisa divulgada
pelo Ibope mostra que 90% dos eleitores não votam em candidatos que apoiam o
governo Temer.
Decerto, uma temeridade para a
improvável candidatura de Roseana Sarney. O Maranhão está próximo de livrar-se
de vez do passado coronelista.
*Radialista e jornalista. Secretário
adjunto de Comunicação Social e diretor-geral da Rádio Timbira AM.
O que mais surpreende é que tem entre 27% a 30% com intenção de votar nesta desagradável e eu nem posso chamá-los de idiotas. Marcelo, do São Cristóvão.
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