Érica
e a vizinha viviam discutindo e se provocando por conta de emprego.
Post
feito no Facebook intensificou briga. Crime ocorreu em Santos (SP).
Postagem
foi feita um dia antes do crime.
A jovem Érica Oliveira da Silva, de 24
anos, morta a facadas pela vizinha, na noite de sábado (13), em Santos, no
litoral de São Paulo, postou em uma rede social um “meme” provocativo um dia
antes do assassinato. De acordo com informações de familiares, Érica e a
suspeita, identificada pela Polícia Civil como Angélica da Cruz, brigavam por
causa de uma vaga de emprego.
Segundo a irmã da vítima, Rafaela
Oliveira da Silva, o post no Facebook foi feito como uma indireta para a
vizinha, que estava desempregada, o que intensificou as já frequentes brigas.
“Minha irmã postou e ela viu. Foi aí que começaram a discutir ainda mais. A
Angélica falava muita besteira para ela. Ela tinha inveja do emprego da minha
irmã”, afirma.
Na postagem, feita no dia anterior ao
assassinato, Érica fez um comentário ofensivo e insinuou que Angélica estaria
trabalhando como garota de programa, o que teria causado revolta.
“Está passando fome, meu bem? Me fala,
que até cedo meu emprego pra você, já que está oferecendo até o corpo, que por
sinal é um lixo. Aceita: quem nasceu para ser cachorro, morre latindo”, disse.
Érica era assistente administrativa em
uma empresa de comercialização de concreto localizada no bairro Monte Cabrão,
onde morava. “A assassina estava desempregada e queria a vaga da minha irmã.
Sempre que a Érica passava, elas se provocavam. Isso acontecia todos os dias. A
postagem acabou piorando a situação e aconteceu o que aconteceu.”, explica
Rafaela.
Segundo a polícia, por volta das 20h de
sábado, Érica, Rafaela e mais duas irmãs voltavam para casa quando Angélica,
que trabalhava em uma barraca de bananas, as viu na rua e começou a provocar a
vítima. “Elas começaram um bate-boca e o pai, o irmão e o marido da agressora
saíram para ajudar”.
Segundo Rafaela, durante a discussão, o
pai de Angélica segurou Érica para que ela ficasse imóvel enquanto a filha
esfaqueava a vítima. A faca foi entregue à suspeita pelo próprio marido que,
segundo testemunhas, também teve participação no crime. Rafaela foi a única das
quatro irmãs que não teve ferimentos e, imediatamente, solicitou socorro.
Érica deu entrada no Pronto Atendimento
Médico (PAM) da Rodoviária já sem vida. Débora Oliveira da Silva, de 32 anos, e
Daniele Alves de Oliveira, de 27, foram transferidas para o Hospital Santo
Amaro em estado grave. Daniele passou por procedimento cirúrgico e se encontra
na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com ferimentos no pulmão e intestino.
Débora está em observação.
Segundo a polícia, logo após a briga,
Angélica fugiu do local e não foi mais vista. Os familiares da suspeita foram
até a Delegacia Sede de Santos prestar depoimento sobre o caso e, em seguida,
foram liberados. A Polícia Civil realizou diligências para tentar localizar
Angélica. Até o momento, ninguém foi preso.
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