Lúcio
André Silva Soares desferiu socos e cotoveladas na advogada Ludmila Rosa após
uma crise de ciúmes. Ministério Público pede a condenação por tortura e dano
qualificado.
O juiz Clésio Coelho Cunha, da 1ª Vara
Especializada em Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em São Luís,
acatou a denúncia do Ministério Público do Maranhão que pede a condenação de
Lúcio André Silva Soares pelos de crimes de tortura e dano qualificado por
violência. Além disso, o MP-MA pede que ele seja condenado a pagar indenização
por danos morais e materiais.
A denúncia do Ministério Público cita
que, no dia 12 de novembro de 2017, o acusado desferiu vários socos e
cotoveladas em sua ex-esposa, Ludmila Rosa Ribeiro da Silva, causando múltiplas
lesões. A violência aconteceu enquanto Lúcio dirigia um carro a caminho da casa
da vítima, na Cohama, após um encontro em um bar da Lagoa do Jansen.
Após o ocorrido, Ludmilla denunciou o
caso à Polícia. Segundo a delegada titular da Delegacia da Mulher, Wanda Moura,
Ludmila contou que, após as agressões, não conseguia nem andar. No mesmo mês, o
juiz Clésio Coelho decretou a prisão preventiva de Lúcio André, que continua
foragido.
Entenda
o caso
Ludmila disse à Polícia que foi agredida
pelo ex-companheiro após um encontro do casal, no dia 12 de novembro. Eles
estavam separados e tentavam se reaproximar. De acordo com a vítima, Lúcio
André teve uma crise de ciúmes e a agrediu, deixando-a com parte do rosto desfigurada,
duas costelas deslocadas e vários ferimentos pelo corpo.
De acordo com a Polícia, a razão para a
volta no relacionamento seria o filho do casal, fruto de um momento em que os
dois conviviam juntos. O motivo da primeira separação foi uma agressão de Lúcio
que ocorreu durante a gravidez de Ludmila. O processo desse caso corre na
cidade de Pinheiro.
Imagens das câmeras de segurança do condomínio
onde Ludmila mora flagraram o momento em que a advogada conseguiu descer do
carro e em seguida, cai no chão. Em seguida, Lúcio acelera em direção ao local
onde ela caiu e depois vai embora. Após o incidente, vizinhos aparecerem e
prestam socorro e depois, levam a vitima para sua casa.
Após a agressão, o acusado foi levado a
Delegacia do Cohatrac, onde o delegado plantonista aplicou uma fiança de R$
4.685,00 reais, pelo crime de lesão corporal. Lúcio André pagou a fiança e foi
liberado. O agressor é considerado
foragido da justiça após a sua prisão preventiva ter sido decretada em novembro
do ano passado.
Reação
da advogada Ludmila Ribeiro
Ao tomar conhecimento de que a Justiça
acatou a denúncia contra Lúcio André, a advogada Ludmila Ribeiro disse que
acabou o tempo de impunidade para homens que batem em mulher e que não aceita a
violência que sofreu. Ela acredita que a
justiça será feita.
“Acabou o tempo em que homem que bate em
mulher tinha a certeza da impunidade. O Brasil está evoluindo seu entendimento
sobre direitos humanos, dignidade da pessoa humana e violência de gênero. Responderá
por tortura e dano, mas todos nós sabendo que foi uma verdadeira tentativa de
feminicídio. Eu não aceito a violência que sofri, acompanharei até o fim a
atuação de todos os membros do sistema de justiça maranhense e do sistema de
segurança. Tenho convicção de que nada mais que a justiça acontecerá mais cedo
ou mais tarde!”, disse a advogada.
Com informações do G1 Maranhão
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