Ex-deputado já está preso, por determinação
do juiz Sérgio Moro.
BRASÍLIA - O ex-deputado Eduardo Cunha
foi condenado hoje (1º), pela Justiça Federal, a 24 anos e dez meses de prisão,
em regime fechado, pelo crime de corrupção no processo que apurou pagamento de
propina de empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de
Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). Na mesma
sentença, o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves recebeu pena de oito
anos e oito meses de prisão.
A investigação foi baseada nos
depoimentos de delação premiada do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e
Loterias da Caixa, Fábio Cleto, e ddoleiro Lúcio Funaro, que também foram
condenados. Em um dos depoimentos, Cleto acusou Cunha de receber 80% da propina
arrecadada entre empresas interessadas na liberação de verbas do FI-FGTS.
Na sentença, o juiz Vallisney Souza
Oliveira disse que Eduardo Cunha tinha pleno conhecimento da ilicitude dos
desvios de recursos e do recebimento de propina. Cunha já está preso, por
determinação do juiz Sérgio Moro, após ter sido condenado em outro processo, da
Operação Lava Jato, a 15 anos de prisão por recebimento de propina em contrato
da Petrobras.
"Além disso, era figura central no
esquema criminoso apurado, tendo feito do aparato estatal para a prática de
crimes. Possuía boas condições financeiras e, apesar de todas essas
circunstâncias, não deixou de cometer os graves delitos", disse o juiz.
A Agência Brasil tenta contato com a
defesa de Eduardo Cunha.
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