Na manhã desta quinta-feira (28), a Policia Civil do Estado do Maranhão, através da Superintendência
Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (SECCOR), em trabalho conjunto com
o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público
Estadual, cumpriu mandados de prisão preventiva contra o delegado de policia
civil Tiago Mattos Bardal, o investigador João Batista de Sousa Marques e os
advogados Werther Ferraz Júnior e Ary Cortez Prado Júnior, tendo sido
realizadas, também, buscas em suas residências. As ações ocorreram,
simultaneamente, em São Luis e Imperatriz.
Essas ordens judiciais foram expedidas
pela 1a Vara Criminal de São Luis e decorrem de investigação conjunta iniciada
no primeiro semestre deste ano, que aponta que os presos se associaram, de
forma estável e permanente, em uma verdadeira organização criminosa, com o
intento de extorquir grupos criminosos, vindo a receber parcela dos produtos
dos assaltos a agências bancárias, e a proteger, mediante o pagamento de
propina, criminosos que integravam o crime organizado.
A engenharia criminosa, a princípio, remonta
aos anos de 2015 e 2016, quanto Tiago Bardal assumiu a chefia da
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
Consta que o então superintendente e o
investigador Batista, seu homem de confiança, passaram a cobrar propina de
quadrilhas que atuavam no Maranhão, especialmente no roubo a banco, e que o
faziam por intermédio dos advogados Werther e Ary Júnior, estes últimos,
ligados ao crime organizado. As informações obtidas dão conta de que os
policiais recebiam cerca de R$100.000,00 (cem mil reais) por assalto realizado,
como uma espécie de "pedágio", e que ainda assim cobravam para evitar
as prisões de líderes.
Os policiais presos seguem para a
Delegacia da Cidade Operária e os advogados para o sistema prisional, onde
ficarão à disposição da Justiça.
As investigações avançam, com a intenção
de averiguar a participação de outros policiais no esquema criminoso.
Este é o pior de tipo de ladrão: policial corrupto.
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