Investigado por crimes sexuais não se
apresentou à polícia até as 14h deste sábado (15)
A força-tarefa que investiga o médium
João Teixeira de Faria, 76, conhecido como João de Deus, considera-o foragido a
partir das 14h deste sábado (15).
A decisão foi tomada por investigadores
do caso. O horário limite para que o suspeito se apresentasse foi fixado na
sexta-
O mandado de prisão já está disponível
no Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
João de Deus é suspeito de ter abusado sexualmente
de mulheres durante os atendimentos espirituais que realizava na cidade de
Abadiânia (GO). Ele nega as acusações.
Os casos começaram a tornar-se público
após 13 mulheres relatarem as denúncias no sábado (8) durante o programa
Conversa com Bial, da TV Globo, e ao jornal O Globo.
Na segunda (10), Aline Saleh, 29 contou
sua história à Folha: "Quem tem de sentir vergonha é ele, e não eu".
Ela diz que, em 2013, esteve na casa e que foi levada para um banheiro, posta
de costas e que João de Deus colocou a mão dela em seu pênis.
Segundo a Promotoria, 335 contatos já
foram recebidos, com mensagens principalmente por email, incluindo também
outros seis países (Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, Estados Unidos e
Suíça).
Também foram colhidos os depoimentos de
30 pessoas nos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do
Sul, Distrito Federal e Espírito Santo.
Em comum, a maioria das mulheres diz que
recebeu um aviso de procurar o médium em seu escritório ao fim das sessões em
que ele atende aos fiéis.
No local, segundo as vítimas, João de
Deus dizia que elas precisavam de uma “limpeza espiritual” antes de abusá-las
sexualmente. Entre as vítimas estariam mulheres adultas, crianças e
adolescentes.
O promotor Luciano Miranda Meireles
afirmou que os depoimentos podem ser a única forma de comprovar as acusações,
já que crimes como estupro não ocorrem à luz do dia nem têm testemunhas.
Com informações da Folha de São Paulo
Com informações da Folha de São Paulo
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