Solange Maria Costa Braga vai responder
por lesão corporal, maus tratos e discriminação ao idoso.
O Ministério Público do Maranhão (MP-MA)
denunciou à Justiça Solange Maria Costa Braga, que chicoteou o carroceiro de 63
anos, Olegário Castro. O caso aconteceu no meio de uma rua de São Luís. Ela vai
responder por lesão corporal, maus tratos e discriminação ao idoso.
Solange é presidente do Instituto de
Proteção dos Animais e foi flagrada agredindo o idoso alegando que ele tinha
maltratado um jumento. Após uma discussão, ela pega o chicote do homem e começa
a bater nele. Depois da agressão, Solange entra no carro e vai embora.
O vídeo foi gravado na rotatória do
bairro São Francisco, em São Luís, ‘viralizou’ nas redes sociais e levantou
discussões sobre quem estaria com a razão. O caso foi levado para a Delegacia
do Idoso, onde foi aberto um inquérito policial para apurar as agressões ao
carroceiro. Até o momento, Solange não foi encontrada para receber a intimação
da polícia para prestar depoimento.
O carroceiro Olegário Castro foi nesta
sexta (7) ao Ministério Público para saber como anda o processo. Ele ficou com
marcas das chicotadas na costa e diz que tem sofrido humilhação depois daquele
dia, chegando até a fazer tratamento contra depressão.
“Por onde eu passo eu recebo crítica, eu
não posso mais ter sossego no trabalho. Crianças, adultos… tudo faz crítica
contra a minha pessoa. Onde me veem com a carroça é dizendo ‘olha, lá vem a
velha… olha o chicote!’. Eu estou em depressão, fazendo tratamento… para ver se
passa”, contou Olegário.
"Eu estou em depressão, fazendo tratamento… para ver se passa”, contou Olegário. |
“Eu vinha na frente dela, passou um
carro na minha frente. Eu parei a carroça, levantei o chicote. O carro se
adiantou e eu bati em cima do celote… e ela achou que eu estava maltratando o
meu animal. Eu não bato no meu animal, porque é dali que eu vivo. Para quê eu
vou maltratar o meu animal, que me dá o meu sustento para mim e minha
família?”, afirmou o idoso.
De acordo com o promotor do idoso,
Augusto Cutrim, também foi pedida uma avaliação veterinária no jumento, mas que
a conduta de Solange foi totalmente errada, independentemente de possíveis maus
tratos ao animal.
“Uma conduta que ela entendeu que a
vítima poderia causar maus tratos não justifica ela espancá-lo em via pública,
na frente de todo mundo. Nós, há muito tempo, acabamos com a barbárie da
justiça com as próprias mãos”, declarou o promotor.
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