Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Na contramão de Bolsonaro, 61% dos brasileiros querem proibição da posse de arma de fogo

Pesquisa Datafolha revela que o número de brasileiros contrários à liberação da posse de arma de fogo cresceu desde outubro e chegou a 61% da população, ao passo que a parcela de pessoas favoráveis diminuiu

Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta segunda-feira (31) aponta que a maioria dos brasileiros quer a proibição da posse de arma de fogo no país, indo na contramão de uma das principais propostas defendidas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com o levantamento, o número de pessoas contrárias à liberação da posse aumentou desde outubro, quando foi realizada a última pesquisa do instituto: à época, quando o assunto estava em voga durante a campanha presidencial, 55% da população se dizia contra a liberação das armas. Este número agora é de 61%.

Os novos dados vêm apenas três dias após Bolsonaro anunciar que baixaria um decreto para facilitar a posse de arma, flexibilizando o Estatuto do Desarmamento.

A pesquisa Datafolha mostrou ainda que o número de brasileiros favoráveis à posse de arma de fogo diminuiu de 41% em outubro para 37% em dezembro.

Recortes

O estudo divulgado nesta segunda-feira (31) apresenta ainda recortes de gênero, educacional, social e de região.

Segundo o Datafolha, mulheres representam a maior rejeição com relação à posse de armas: 71%. Entre os homens, 51% são contrários à liberação.

No recorte educacional, os números são: 41% dos entrevistados com ensino superior são favoráveis à posse, ao passo que o índice é de 34% entre os que têm somente o ensino fundamental.

Os mais ricos, de acordo com a pesquisa, tendem a ser mais favoráveis à posse de arma de fogo. Entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos, 32% defendem a posse de armas. Já entre pessoas que ganham mais de 10 salários mínimos, esse percentual sobe para 54%.

Com relação à região, o Nordeste representa a maior rejeição à posse: apenas 32% a favor da liberação de armas. No Sul, este número salta para 47%.

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