O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS),
futuro ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PSL), anunciou que
o Ministério do Trabalho será desmembrado e suas atribuições irão para as
pastas de Economia, Justiça e Cidadania.
"Na verdade, o atual ministério do
Trabalho como é conhecido ficará uma parte no ministério do doutor Sérgio Moro
(Justiça), outra parte com Osmar Terra (Cidadania) e outra parte com o Paulo
Guedes, lá no ministério da Economia, para poder tanto a parte do trabalhador e
do empresário dentro do mesmo organograma", disse Lorenzoni durante
entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (3).
"Uma parte vai ficar com o ministro
Moro, que é aquela parte da concessão de carta sindical, a face mais visível e
que a imprensa brasileira registrou por inúmeras vezes os problemas que
ocorriam naquela pasta, de desvios, problemas graves de corrupção. Então,
aquele departamento ou secretaria do ministério do Trabalho que cuida disso vai
lá pro doutor Moro", completou.
O anúncio do fim do Ministério do
Trabalho é mais um recuou de Bolsonaro na montagem do primeiro escalão da
futura gestão. Em novembro, depois da polêmica criada pela possibilidade de
extinção da pasta, Bolsonaro afirmou que o ministério seria mantido.
"O Ministério do Trabalho vai
continuar com status de ministério, não vai ser secretaria. Vai ser Ministério
‘Disso, Disso e do Trabalho’, como o Ministério da Indústria e Comércio”, disse
na ocasião.
Questionado sobre a competência de
fiscalizar o trabalho escravo no país, Lorenzoni disse "achar" que
esta atribuição ficarão sob responsabilidade do Ministério da Justiça. Ainda
segundo o futuro ministro, o governo Bolsonaro deverá ser formado por 22
ministérios, contra os 15 anunciados durante a campanha eleitoral.
Os dois últimos ministérios, de acordo
com o parlamentar, seriam "eventuais' e poderiam ser extintos a qualquer
momento. Um deste ministérios temporários seria o do Banco Central, que
perderia o status com a aprovação do projeto de autonomia da instituição. O
outro seria a Advocacia-Geral da União (AGU), que perderia o status ministerial
por meio de uma mudança constitucional que ainda deverá ser apresentada.
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