Antônio
Cláudio Albernaz, o Tonico, teria relatado a entrega de R$ 1 milhão a um homem,
a partir da senha “Angorá” – codinome relacionado a Moreira Franco, detido na
mesma operação que prendeu Michel Temer na semana passada
Preso duas vezes, o doleiro Antônio
Claudio Albermaz Cordeiro foi encontrado morto dentro de sua casa, em Porto
Alegre (RS), na tarde de domingo (24), conforme informações da rádio GaúchaZH.
A Polícia Civil vai investigar as circunstâncias da morte. Por enquanto, a
principal hipótese é de suicídio.
Em 2018, Tonico – como era conhecido –
foi preso pela Operação “Câmbio Desligo” e, de acordo com a Globo News,
confirmou que realizava operações escusas pela Odebrecht.
Delatores apontam que o doleiro teria
repassado R$ 1 milhão em espécie em favor de Eliseu Padilha, ministro-chefe da
Casa Civil no governo de Michel Temer, preso pela Lava Jato na última
quinta-feira (21).
Tonico contou ainda que, em 2014,
recebeu um senhor na faixa de 60 anos, alto e totalmente grisalho, para retirar
o dinheiro. O homem não teria se identificado; apenas dito a senha “Angorá” –
codinome atribuído a Padilha e ao ex-ministro Moreira Franco, também detido na
semana passada.
A prisão preventiva do doleiro, em 2018,
foi revertida dois dias depois pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal (STF).
Em 2016, ele já havia sido preso na 26ª
Fase da Lava-Jato, batizada de Xepa.
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