A Polícia
Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (7), o assaltante identificado
apenas como “Bigorna”, em cumprimento a um mandado de Prisão Preventiva, expedido
pela Justiça Federal de Bacabal.
Segundo a PF, “Bigorna”
é membro da facção criminosa Bonde dos 40 e assaltante.
Em 8 de agosto
de 2018, ele participou de um assalto à agência dos Correios em Bacabal, em
conjunto com outro membro da facção criminosa, tendo participação também do
gerente da agência.
A investigação
foi realizada em decorrência da apreensão de aparelhos telefônicos durante a operação
Hermes e o Gado II, deflagrada em 13 de dezembro de 2018.
O nome da
operação, “Bigorna”, deve-se ao nome popularmente utilizado pelo investigado.
Foi utilizado um efetivo de seis policiais federais para cumprimento do
mandado.
O preso
encontra-se custodiada na Penitenciária de Pedrinhas, à disposição da Justiça
Federal de Bacabal/MA.
Operações “Hermes
e o Gado II” em 2018
A operação para
desarticular quadrilhas de assaltantes de agência dos Correios fora deflagrou no
dia 13 de dezembro de 2018. A Ação contou com a Superintendência do órgão no Estado
e ocorreu em São Luís, na capital; Itapecuru-Mirim, Imperatriz, Bacabal, Santa
Inês e Santa Luzia no interior; e Redenção (PA).
As
investigações constataram uma série de irregularidades ocorridas em diversas
unidades dos Correios no Maranhão e de uma cidade do Pará. Em uma delas,
constatou-se o envolvimento de pessoas ligadas a uma organização criminosa.
Os desfalques à
agência dos Correios da cidade foram utilizados como forma de capitalizar a
organização criminosa. Cães farejadores encontraram drogas em poder dos
investigados. Foram apreendidos R$ 6 mil na residência de um deles.
A previsão do
total de valores subtraídos nos sete municípios chega a quase R$ 1 milhão,
podendo aumentar até o final das investigações.
Foram cumpridos
quatro mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e 11
mandados de busca e apreensão, além do afastamento de oito empregados dos
Correios, em conjunto com outras medidas cautelares diversa de
prisão.
As ordens
judiciais emanaram tanto da Justiça Federal de Bacabal quanto de São Luís. O
trabalho ainda contou com o apoio da logística do Fórum da Justiça Estadual em
Santa Inês.
As
investigações verificaram também que o funcionário dos Correios,
aproveitando-se do seu poder de gerência, roubava ou facilitava o roubo de
numerário do cofre do Banco Postal (Correios), deixando em caixa apenas
quantidade suficiente para manutenção das atividades regulares da agência.
Informava artificialmente, no sistema bancário, que o cofre estava cheio, como
se o dinheiro roubado ainda ali estivesse.
Como o roubo de dinheiro do cofre
não era registrada no sistema do Banco Postal, tornava-se necessária a criação
de uma justificativa para a sua falta. Para isso, a organização criminosa
simulava assaltos, o que permitia afirmar que o dinheiro havia sido levado
naquele crime.
Para aumentar o
proveito da atividade criminosa, foram simulados depósitos no Banco Postal,
cujos valores logo depois eram sacados e divididos entre os membros da
quadrilha.
Posteriormente,
entravam em cena os laranjas, possuidores de contas no Banco do Brasil, que
repassavam aqueles depósitos à organização criminosa, dando uma aparência legal
ao dinheiro que alimentava o tráfico de drogas. Praticavam, ainda, a subtração
de aparelhos celulares de valor elevado, os quais eram distribuídos aos membros
da quadrilha.
Outra vertente
utilizada pelos criminosos foi a ativação de cartões de bolsa família e de
benefícios previdenciários. O gerente possuía acesso aos sistemas corporativos,
habilitava os cartões de benefício, até para pessoas mortas, o que
possibilitava a obtenção de empréstimos bancários com os documentos esquentados.
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