Em nota, Manuela
D'Ávila (PCdoB) confirmou que repassou o contato de Glenn Greenwald ao Walter
Delgatti, suspeito de invadir o celular de autoridades.
"Sem se
identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou que queria divulgar o
material por ele coletado para o bem do país, sem falar ou insinuar que
pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza", conta.
Pela invasão do
seu celular e pelas mensagens enviadas, ela imaginou que se tratasse de alguma
armadilha montada por seus adversários políticos.
“Por isso,
apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de
fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado
jornalista investigativo Glenn Greenwald”, acrescenta.
Confira a nota divulgada
pela ex-deputada Manuela D'Ávila.
NOTA À IMPRENSA
Tomando ciência,
pela imprensa, de alusões feitas ao meu nome na investigação de fatos
divulgados pelo “The Intercept Brasil”, e por me encontrar no exterior em
atividades programadas desde o início do corrente ano, esclareço que:
1. No dia 12 de
maio, fui comunicada pelo aplicativo Telegram de que, naquele mesmo dia, meu
dispositivo havia sido invadido no Estado da Virginia, Estados Unidos. Minutos
depois, pelo mesmo aplicativo, recebi mensagem de pessoa que, inicialmente, se
identificou como alguém inserido na minha lista de contatos para, a seguir,
afirmar que não era quem eu supunha que fosse, mas que era alguém que tinha
obtido provas de graves atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras.
Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou que queria divulgar
o material por ele coletado para o bem do país, sem falar ou insinuar que
pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza.
2. Pela invasão
do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma
armadilha montada por meus adversários políticos. Por isso, apesar de ser
jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de fonte, repassei
ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista
investigativo Glenn Greenwald.
3. Desconheço,
portanto, a identidade de quem invadiu meu celular, e desde já, me coloco a
inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração.
Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega
das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal,
bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição
para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu
aparelho celular à exame pericial.
MANUELA D’AVILA
26/07/2019
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