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Secretário de Estado da Fazenda do Maranhão Marcellus Ribeiro Alves |
Na manhã desta quinta-feira foi deflagrada
a Operação Créditos Ilusórios nos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e
Tocantins, dando-se cumprimento a mandados de busca e apreensão e prisão
temporária por força de decisão da 1ª Vara Criminal do Termo Judiciário de São
Luís da Comarca da Ilha, que atendeu representação do 1º Departamento de
Combate à Corrupção (1º DECCOR) no curso do Inquérito Policial que, com atuação
conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do
Ministério Público do Maranhão, apura a possível prática de crimes de
organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
O esquema criminoso foi identificado pela
Secretaria da Fazenda do Maranhão que monitorava operações comerciais com grãos
sem o pagamento do ICMS de acordo com a previsão legal.
A sonegação consistia na utilização de
empresas de fachada, ou seja, sem qualquer lastro financeiro, sede física ou
mesmo quadro de empregados, para emitir notas fiscais fictícias, movimentando
milhões de reais em operações de compra e venda de grãos, com o objetivo de
gerar créditos de ICMS fraudulentos, que eram utilizados posteriormente em
operações comerciais que existiam de fato, sem que fosse recolhido quaisquer
valores do imposto aos cofres públicos.
Além de empresas de fachada, também eram
utilizadas empresas conhecidas como “fantasmas”, criadas com utilização de
documentos falsos, que igualmente emitiam notas fiscais frias.
No decorrer das investigações,
identificou-se que por trás de toda essa empreitada criminosa, orquestrada por
empresários, contadores e produtores rurais, houve um prejuízo de
aproximadamente R$70 milhões de reais aos cofres públicos maranhenses no
período de janeiro de 2015 a novembro de 2017.
Dentre os maiores beneficiários do
esquema, de acordo com o que apontam as investigações, destacam-se Shirlenylson
Barbosa Ribeiro e Cleyton da Silva Toledo, que já se encontram presos por fatos
semelhantes no Tocantins.
Também identificados como beneficiários
estão Elton Félix Barroso de Araújo, responsável pela empresa MÁXIMA CORRETORA,
Rogério de Holanda Soares, bem como os empresários João Miguel Geleilate,
Surama Geleilate e Emílio Geleilate, das empresas CORREGEL CORRERORA GELEILATE
LTDA., GELEILATE CORRETORA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. e GELEILATE AGRONEGÓCIOS E
LOGÍSTICA LTDA., sediadas em Fortaleza/CE.
Estão sendo cumpridos 23 mandados de
prisão temporária, pelo prazo de 5 dias, e 32 de busca e apreensão em
Balsas/MA, Riachão/MA, Araguaína/TO, Floriano/PI e Fortaleza/CE pela
Superintendência de Prevenção e Combate à Corrupção (SECCOR) e pelo GAECO do Ministério
Público do Maranhão, com o apoio da Superintendência de Polícia Civil do
Interior (SPCI), das Secretarias da Fazenda do Maranhão e Piauí, dos GAECOs e
dos GAESFs (Grupos de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal) dos
Ministérios Públicos do Piauí e do Ceará e das
Polícias Civis do Piauí, Ceará e Tocantins.
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