Raimundo Nonato do Carmo Santos, acusado
de matar atropelada a esposa Luciene dos Santos Lima, foi julgado nessa
segunda-feira (19), no 2º Tribunal do Júri de São Luís, sendo condenado a 14
anos de reclusão.
O atropelamento e morte Luciene aconteceu
na noite do dia 31 de janeiro 2017, na frente da residência do casal, na Vila
Natal, em Pedrinhas. Os jurados condenaram o réu por homicídio qualificado (uso
de meio cruel e feminicídio com envolvimento de violência doméstica ou
familiar).
O julgamento foi presidido pelo juiz
Gilberto de Moura Lima. Na acusação atuou o promotor de justiça Rodolfo Reis.
Foram ouvidas quatro testemunhas, incluindo o filho do casal, e interrogado o
acusado. O magistrado concedeu ao réu o direito de recorrer da sentença em
liberdade.
De acordo com a denúncia do Ministério
Público, Raimundo Nonato do Carmo, após discutir com a esposa, procurou sair
residência com seu carro. A vítima, tentando deter o marido, aproximou-se do
veículo, desequilibrou-se e caiu.
O acusado passou com o carro por cima da
mulher por duas vezes.
Mais Dois Júris
Nesta quarta-feira (21) mais um caso de
homicídio contra mulher, envolvendo violência doméstica e familiar, será levado
a júri. O julgamento começa às 8h30, no Fórum Des. Sarney Costa, e será
presidido pelo juiz titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Clésio
Cunha.
Sentará no banco dos réus o ajudante de
mecânico Elton Jorge Almeida Araújo, conhecido como "Rabicó". Ele é
acusado de matar a sua companheira Fernanda Sousa Silva, dentro de uma
quitinete, onde o casal morava, no Bairro de Fátima. O crime ocorreu na noite
do dia 27 de janeiro de 2014. A vítima foi atingida com golpes de faca e o
denunciado alegou que ela teria cometido suicídio, com uma facada no peito.
Consta na denúncia do Ministério Público que as evidências encontradas no local
da morte são incompatíveis com o cenário de suicídio e que havia sinais de maus
tratos no corpo da mulher.
Nesta sexta-feira (23), também no 3º
Tribunal do Júri haverá julgamento de outro caso de feminicídio. Será julgado
Marcelo se Freitas Moraes, acusado de, no dia 04 de janeiro de 2016, por volta
das 15h, no bairro São Cristóvão, mediante a utilização de veneno, popularmente
conhecido como "chumbinho", matar sua ex-companheira Mayara de Chagas
Cardoso. A motivação do crime seria os ciúmes excessivos que o denunciado
sentia da vítima.
As sessões fazem parte das atividades da
14ª Semana do Programa Nacional Justiça pela Paz em Casa, que segue até
sexta-feira (23) em todo o país, com a realização de audiências de julgamento
de ações relativas à violência e sessões de júri popular de casos de homicídios
contra mulheres.
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