Uma babá
identificada como Gilvanny Raquel Silva de Oliveira foi presa pela polícia na
noite desse domingo (3) e autuada em flagrante por suspeita de envenenar duas
crianças gêmeas de quatro anos. As vítimas estão na UTI de um hospital
particular de São Luís. Elas moram com os pais em uma residência no Araçagi, em
São José de Ribamar, na Região Metropolitana da capital.
Segundo a polícia,
a babá confessou em depoimento que fez com que as crianças ingerissem a
medicação no sábado (1º), por volta das 21h, com o argumento de que não queria
matá-las, mas apenas fazê-las dormir.
"A princípio
ela alegou que o remédio tinha caído do bolso dela e as crianças pegaram.
Depois, já na delegacia, ela confessou que ela toma esse remédio, pois está
estressada com a vida que leva. Aí em um determinado horário, as crianças
estavam muito agitadas, segundo ela, então ela resolveu dar um pouco da
medicação para as crianças dormirem. Ela disse que não tinha intenção de matar
ninguém", disse o delegado Valter Vanderley.
De acordo com a
investigação policial, a babá estava há seis meses trabalhando com a família.
Ela iniciava o plantão das 19h de sábado e concluía na manhã da segunda-feira.
No entanto, nesse fim de semana, após esta situação, ela foi dispensada pela
família que se preocupava em socorrer as garotinhas. Horas depois, as polícias
Militar e Civil iniciaram o trabalho de investigação para localizar a babá.
"Conseguimos
entrar em contato com ela por meio de mensagens. Um policial militar se passou
por um pastor evangélico. A gente disse que o pastor tinha um assunto
importante para tratar com ela. Marcamos então perto do Plantão do Cohatrac já
na noite de domingo, e lá perto da delegacia conseguimos dar voz de prisão a
ela", declarou Valter Vanderley.
O delegado
informou que a babá foi autuada em flagrante por dupla tentativa de homicídio.
Da noite de domingo até a manhã desta segunda-feira (3), ela esteve no 21º DP
no Araçagi prestando depoimento acompanhada de um advogado. Em seguida, segundo
Valter Vanderley, ela será encaminhada ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas
onde vai esperar a manifestação da Justiça.
"Esse remédio
ministrado sem controle, pode causar até parada cardiorrespiratória, levando à
morte. As crianças foram internadas e depois encaminhadas à UTI dado o
agravamento do estado de saúde delas. Ficamos agora esperando a recuperação das
duas e que elas não tenham sequelas", concluiu o delegado.
Com informações do
G1 MA
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