Tuíte
da jornalista Thais Bilenky às 12h28 do dia 14 de março de 2018 diz que,
segundo a assessoria do então deputado, Bolsonaro teria antecipado a volta para
o Rio após passar mal por intoxicação alimentar, apontando possível contradição
Um tuíte da jornalista Thais Bilenky no
dia 14 de março de 2018, data em que a vereadora Marielle Franco (PSol) e o
motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro, revela que Jair
Bolsonaro poderia, sim, estar em sua casa no momento em que um porteiro do
condomínio teria interfonado para anunciar a chegada de Elcio Queiroz, um dos
acusados do crime.
O caso, que traz de volta o caso à tona,
foi revelado pelo advogado Eduardo Goldenberg, que resgatou o tuíte da
jornalista e compartilhou no Twitter.
Não foi em 14/03/2018 que @mariellefranco foi assassinada?! Alguém já se tocou desse tweet?! 👇👇👇👇👇 https://t.co/lfBGoPlLa4— Edu Goldenberg (@edugoldenberg) November 13, 2019
A jornalista, ex-Folha de S.Paulo e
atual revista Piauí, tuitou na ocasião que Bolsonaro teve “intoxicação
alimentar” e voltou mais cedo para o Rio, creditando as informações à
assessoria do então deputado.
“Bolsonaro teve uma intoxicação
alimentar, passou mal e, nos últimos dois dias, precisou reduzir bem o ritmo da
agenda. Até voltou mais cedo (hoje) pro Rio. Disse a sua assessoria”, diz o
texto, publicado às 12h28 do dia 14 de março de 2018.
Após reportagem do Jornal Nacional, que
revelou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, teria ligado para a
casa 58, de Bolsonaro, e teria sido autorizado pelo “Seu Jair” a permitir a
entrada de Élcio Queiroz, o presidente reagiu aos berros em uma live, dizendo
que estava em Brasília, cumprindo, segundo ele, intensa agenda no Congresso.
O tuíte da jornalista, no entanto, pode
apontar uma contradição do então parlamentar.
Segundo a reportagem da Globo, Élcio
Queiroz, ex-policial militar, teria afirmado à portaria do condomínio em que
morava o presidente que iria para a casa de Jair Bolsonaro, mas se dirigiu a
casa de Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos contra Marielle, que
fica no mesmo condomínio.
Em depoimento, o porteiro que estava na
guarita afirmou que uma pessoa identificada como “Seu Jair” autorizou a entrada
de Élcio no mesmo dia do assassinato da vereadora.
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