A operação da Força Tarefa Vida prendeu,
na tarde deste sábado (14), quatro suspeitos pelo assassinato do indígena
Erisvan Soares Guajajara, de 15 anos, e de José Roberto do Nascimento Silva, de
23 anos, que não é indígena. As prisões foram efetuadas por guarnições da Força Tática e da Rádio Patrulha do 34° Batalhão de Polícia Militar em Amarante do Maranhão.
Os presos foram identificados como José
Rodrigo da Silva, Eduardo Araújo
Lima, Henrique da Conceição Silva, conhecido
como “Ceguinho”, e Arnaldo Mendes dos Santos. Eles estavam escondidos em uma
casa na rua do Pequi, Vila Industrial, em Amarante.
Eles foram encaminhados ao Plantão
Central de Imperatriz para que fossem feitos os procedimentos
cabíveis.
As duas mortes ocorreram durante uma festa na madrugada de sexta-feira (13), no município de Amarante do Maranhão, a 687 km de São Luís. Os corpos estavam com mutilações provocadas por arma branca.
As duas mortes ocorreram durante uma festa na madrugada de sexta-feira (13), no município de Amarante do Maranhão, a 687 km de São Luís. Os corpos estavam com mutilações provocadas por arma branca.
Segundo a Polícia Militar, a principal
suspeita é que as vítimas tenham sido mortas por envolvimento com roubos e
tráfico de drogas na região.
“Eles têm histórico de roubos e furtos
de celulares e envolvimento com o tráfico de drogas. Estamos com a Polícia
Civil buscando com os nossos serviços de inteligência mais informações para
resolver essa questão e dar reposta a essa comunidade de Amarante”, disse o
coronel Jorge Araújo, comandante do 34º Batalhão de Polícia Militar de Amarante
do Maranhão.
De acordo com um dos irmãos do jovem
indígena, Erisvan havia saído há 25 dias da Terra Indígena Araribóia,
localizada a 20 quilômetros do centro de Amarante.
Os corpos de Erisvan Guajajara e José
Roberto Nascimento foram liberados pelo Instituto Médico Legal de Imperatriz
(IML) na noite dessa sexta (13) após passarem por exames.
A Funai divulgou uma nota sobre a morte
do indígena e descartou a possibilidade do assassinato ter sido motivado por
crime de ódio, disputa por madeira ou por terras. O órgão disse estar à
disposição para contribuir nas investigações. Fotos que circularam em grupos de
WhatsApp mostram dois corpos em uma área de gramado com ferimentos compatíveis
com golpes de facão.
A região onde a nova morte foi
registrada é marcada pela tensão entre índios e madeireiros. Os assassinatos de
indígenas nos últimos dois meses começaram em novembro, quando Paulo Paulino
Guajajara foi morto a tiros enquanto caçava. Ele era integrante de um grupo de
indígenas conhecido como “guardiões da floresta”, que tentava impedir a invasão
de terras indígenas por madeireiros.
No último sábado, outros dois índios da
etnia guajajara foram mortos em um atentado no município de Jenipapo dos Vieiras
(MA). Outros quatro índios ficaram feridos.
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