O governador do
Maranhão colocou o dedo na ferida, que é o despreparo de Jair Bolsonaro para o
cargo que exerce
"Bolsonaro
já criou confusão com governadores, jornalistas, artistas, parlamentares,
membros da sua equipe, outros países. Tudo isso para tentar ocultar seu maior
problema: não sabe administrar o Brasil. Crescimento pífio, desemprego, dólar
nas alturas, paralisação administrativa", postou o governador do Maranhão
em suas redes sociais.
Confira o post
de Flávio Dino e reportagem da Reuters:
(Reuters) - O
presidente Jair Bolsonaro usou sua transmissão semanal em uma rede social para
reclamar que o Congresso não coloca em pauta projetos de autoria do governo e
que o Judiciário toma decisões contrárias a medidas adotadas por sua gestão,
mas defendeu “afinar a viola” com os demais chefes de Poderes.
As reclamações
do presidente acontecem após o episódio revelado pelo jornal O Estado de S.
Paulo em que Bolsonaro compartilhou com contatos no WhatsApp vídeos feitos por
terceiros que convocam para um protesto no dia 15 de março que tem como um dos
motes ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Alguns falam
que eu não tenho articulação com o Congresso. Realmente eu não consigo aprovar
o que eu quero lá. Eu até gostaria que fosse colocado em pauta muita coisa, mas
não é botado em pauta. É outro Poder que você tem que respeitar, é a regra do
jogo”, disse Bolsonaro.
“Caducar
medida provisória, não botar em pauta, é triste isso daí”, disse.
Entre os
projetos que foram alvos de reclamação do presidente estão as medidas
provisórias que criava a carteira de estudante digital e a que acabava com a
obrigatoriedade de empresas publicarem seus balanços financeiros em jornais de
grande circulação. Essas duas MPs perderam validade sem serem votadas no
Congresso.
Bolsonaro
também reclamou que, segundo ele, pelo que soube, a Câmara dos Deputados não
colocará em pauta um projeto de lei de autoria do Executivo que permite a
mineração em terras indígenas e que a proposta que altera o prazo de cinco para
dez anos o prazo de renovação da Carteira Nacional de Habilitação está parada.
“Lamento,
gostaria de fazer muito mais coisas pelo Brasil, mas tem um problema”, disse.
“Vou buscar fazer tudo aquilo que eu falei durante a campanha e falei que 90%
do que eu quero passa pelo Parlamento, agora, o Parlamento nosso tem seus
problemas”, afirmou, sem especificar quais seriam esses problemas.
Bolsonaro
também reclamou de decisões da Justiça que reverteram a medida do governo que
retirou radares de fiscalização móveis de velocidade das estradas e de uma
decisão em primeira instância, posteriormente derrubada, que impediu a nomeação
de Sergio Camargo para a Fundação Palmares.
A decisão se
baseava no fato de Camargo, que é negro, ter feito no passado declarações
apontadas como racistas. Afirmou, por exemplo, que a escravidão foi benéfica
para os descendentes dos escravos.
“Parece que eu
não posso mudar nada”, reclamou Bolsonaro na transmissão.
Apesar das
reclamações —e das críticas que fez— o presidente disse que não criticaria o
Parlamento ou o STF e falou em “afinar a viola” com os presidentes da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo, Dias
Toffoli.
“Não vou
criticar o Parlamento, assim como não critico decisão do Supremo Tribunal
Federal. Respeito os Poderes, agora tem coisas que tem que insistir”, afirmou.
do Brasil 247
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