Crime ocorreu em 2020, no interior da casa das
vítimas, no bairro Quintas do Calhau, e teria sido encomendado pelo ex-marido
de Graça Maria Pereira
Os três acusados e assassinar
Graça Maria Pereira de Oliveira e a filha dela, Talita Frizeiro de Oliveira,
participaram, na última segunda-feira (26), da primeira audiência de instrução
do processo contra eles.
Mãe e filha foram brutalmente
assassinadas e encontradas por familiares dentro de um carro, na garagem da
casa em que moravam, no bairro Quintas do Calhau, em São Luís, no mês de junho
de 2020.
Geraldo Abade Souza, Maycon
Douglas Rodrigues e Jeerson Santos Serpa, conforme a denúncia do Ministério Público,
são réus pela prática de duplo homicídio qualicado. Todos eles estão presos no
Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O empresário Geraldo Abade foi
capturado na cidade de Imperatriz, no dia 20 de junho de 2020, para onde teria
fugido após o crime. Ele era ex-marido de Graça Oliveira e teria sido o
mandante do crime. Eles foram casados por 15 anos, mas estavam separados há
cinco e travavam uma disputa de bens desde então, fato que teria motivado as
mortes.
A audiência teve início às 9h, e
foi presidida pelo juiz auxiliar da 4ª Vara do Tribunal do Júri, Francisco
Ferreira de Lima. Os três réus e 12 testemunhas estiveram presentes. Na
ocasião, o promotor de Justiça Valdenir Calcanti Lima atuou na acusação.
Na porta do Fórum Desembargador
Sarney Costa, no bairro do Calhau, onde ocorreu a audiência, familiares das
vítimas fizeram uma manifestação pedindo por justiça.
Sobre o crime
No dia 7 de junho, Graça Maria
Pereira de Oliveira e a filha Talita Friseiro de Oliveira foram encontradas
mortas, dentro do carro da
família, na garagem da casa em
que moravam, no bairro Quinta do Calhau, em São Luís.
O crime ocorreu um dia antes, e,
conforme a Polícia Civil, foi cometido a mando do ex-marido de Graça e
executado por um pedreiro de uma obra ao lado da casa das vítimas, com a ajuda
de um intermediador que também foi preso.
Segundo a delegada Viviane
Fontenele, que comandou as investigações do caso, o homem era conhecido da
família, tendo livre acesso ao imóvel da empresária. Por isso, entrou na
residência sem levantar qualquer suspeita de que cometeria o crime.
Em depoimento, o autor das
mortes, deu detalhes à polícia sobre o como ocorreram as mortes de mãe e filha.
De acordo com o pedreiro, na
manhã de sábado (6), ele entrou na residência pedindo à própria Graça que
abrisse o portão, como de costume. No local, ele amarrou e amordaçou a vítima.
Ao terminar a ação com a mãe, a filha dela se aproximou e ele agiu da mesma
forma.
Graça foi levada para o banheiro
do quarto e a filha deixada na sala, conforme relato do autor à polícia. O
homem retornou à obra e voltou depois que não tinha mais ninguém trabalhando.
Já na residência, de acordo com
a delegada, o pedreiro teria estrangulado Graça ainda no quarto. Em seguida, a
levou para dentro do automóvel que estava estacionado na garagem da casa.
No caso de Talita, a morte
ocorreu dentro do carro e, além de asfixiada, ela também foi atingida com uma
viga de ferro na cabeça.
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