Em vídeo divulgado em grupos de
WhatsApp, Maria Rosineide, viúva do líder comunitário Wanderley Rodrigues,
conhecido como WR, morto em Imperatriz, revela que era agredida constantemente
pelo companheiro.
WR foi assassinado a tiros no
dia 18 de julho em sua residência, no Conjunto Sebastião Régis. Ele foi
alvejado após disparos de arma de fogo serem feitos contra o portão da casa.
Ele chegou a ser socorrido, mas terminou morrendo.
Antes dos disparos, WR havia
discutido com a mulher. Após investigação da Polícia Civil, foi identificado o
autor dos disparos. Trata-se de um policial militar do Estado do Pará, amigo do
filho da viúva de Wanderley.
Após a prisão do PM, Maria
Rosineide resolveu revelar detalhes dos casos de violência doméstica que vinha
sofrendo.
Ela relata que morou por mais de
10 anos com Wanderley e que sempre sofreu agressões, pressão psicológica e
ameaças de morte.
“Vinha sofrendo, sem poder falar
nada, porque era ameaçada. Vinha comendo o pão que o diabo amassou. Ele dizia
que, se fosse preso, ou ele me matava ou matava meus filhos. Eu era sempre
submissa a ele. Ele não tinha meus filhos como filhos dele”, diz a mulher.
No dia da morte de Wanderley,
ela diz ter sido agredida juntamente com um dos filhos que estava na
residência.
“No dia do acontecido, ele
chegou me agredindo por causa de uma comida. Ele queria que eu esquentasse a
comida. Ele me empurrou por cima do fogão e me chamou de vagabundo. Eu terminei
esquentando a comida. Eu uso peça porque ele já quebrou meus dentes”, relata a
víuva.
Rosineide acrescenta que ele
também brigou porque ela estava sentada à porta com uma vizinha. “Dentro de
casa, ele disse que ia procurar um lugar pra ele e meu filho perguntou porque
ele não ia logo. E ele partiu pra cima de meu filho e eu entrei no meio. Ele me
jogou no sofá”, acrescentou.
O outro filho, menor de idade,
estava com um amigo policial militar, na noite da agressão. Ao ficar sabendo do
ocorrido, ele teria implorado ao amigo PM para ir dar um susto no agressor, por
volta de 3h do dia 18 de julho.
O PM efetuou disparos contra o
portão da residência. O líder comunitário estava atrás do portão e terminou
sendo alvejado, morrendo em seguida.
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