Em
entrevista à TV Democracia, o governador Flávio Dino (PSB) alertou para os
riscos de confrontos e derramamento de sangue no próximo dia 7 de setembro. No
entanto, afirma que Bolsonaro não tem força, nem coragem, muito menos
competência para realizar algum tipo de ruptura.
“Ele
sabe disso. Na verdade, ele tenta intimar, tenta paralisar, tenta impedir que o
Supremo decida…Ele quer ganhar no grito, então faz essas ameaças…essas coisas.
Mas o Bolsonaro não se notabiliza pela coragem, ele é um covarde conhecido”,
diz.
Flávio
observa que a covardia, por outro lado, impulsiona o desejo do conflito. “Na
impossibilidade de impor, de intimidar, ele quer confronto, ele quer conflito,
e isso em si mesmo já é gravíssimo”, avisa.
Nesse
sentido é que o governador maranhense chama atenção para dois equívocos comuns
em análises políticas cotidianas. O de superestimar ou de subestimar a
capacidade do presidente provocar estragos.
Lembrou
que em razão dos desacertos administrativos, das tragédias atinentes à
pandemia, e agora a inflação dos alimentos e a crise energética, Bolsonaro
depreciou muito a sua base política.
“Ele
não tem uma força avassaladora capaz de fazer qualquer coisa, de qualquer modo.
Por outro lado, se não devemos superestimá-lo, também não devemos subestimar
esse estado de agitação golpista, porque isso em si mesmo já é grave; é grave
porque atrapalha o país, impede o bom funcionamento da economia, geração de
empregos, gera desalinhamento do câmbio e por conseguinte também inflação. E
com isto nós temos danos concretos na vida da população”, observa.
Todavia,
Flávio Dino ressalta que sua maior preocupação é com o 7 de setembro de 22, a
praticamente 20 dias da derrota de Bolsonaro nas eleições. O desespero com a
perda do poder e o medo de ser preso poderá aumentar e muito a escalada da
violência, inclusive com a repetição dos atos provocados por Donald Trump, após
a derrota para Joe Biden.
“Ele
certamente vai se inspirar no seu guru, com seu líder que é o Donald Trump, que
estimulou uma marcha miliciana sobre o Capitólio. Ele é uma imitação muito
precária de um político já precário que é o Trump…Por isso mesmo creio que ele
vai trilhar por essa vereda. Nós vamos precisar de muita amplitude da
sustentação da Constituição, legalidade e da democracia”, avisa.
A
entrevista foi realizada pelos jornalistas Fábio Pannunzio e Isabelle Gomes.
Disse tudo, sempre digo isso que ele parece como diziam antigamente:"cachorro que late mas não morde", ou seja um covarde.
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