“O verdadeiro patriotismo é democrático e respeita a Constituição. Prega a paz e não conflitos o tempo inteiro. Uma polícia que não cumpre a lei deixa de ser polícia e passa a ser um bando armado”
Neste
7 de setembro, alcançamos nosso 199º aniversário como nação juridicamente
independente e entramos na contagem regressiva para o bicentenário nacional, a
ser comemorado no ano que vem. A pergunta que vem à mente de qualquer
verdadeiro patriota é: que Brasil queremos construir até lá? Alinho-me aos que
sonham com Soberania, Democracia e Justiça Social, e com o País bem longe das
ameaças absurdas que marcam o feriado nacional deste ano.
Essa
agitação liberticida a que assistimos em torno deste 7 de Setembro se filia a
uma longa tradição no País. Em grande parte desses quase dois séculos, fomos
governados por regimes autoritários. Perdurou por quase todo esse período a
crença de que para “vencer a corrupção” seria necessário arregimentar “homens
iluminados”. Esses seriam puros e técnicos e fariam um governo sem máculas e
marcado pela resolução dos problemas. Esse ideal animou o Partido Militar às
várias quarteladas que vivemos nesses 200 anos.
O
resultado prático desse projeto sempre foi o oposto do que diziam propor.
Governos autoritários, ao longo da história do Brasil, mostraram-se
incompetentes, pois desconectados dos verdadeiros problemas do País, e
manchados por denúncias de corrupção, uma vez que, sem a transparência da
democracia, sobram negócios obscuros com recursos públicos.
O
arranjo político que atualmente governa o nosso país vincula-se a essa
tradição. Tanto em quartéis quanto em tribunais, um pequeno segmento resolveu
atribuir-se o papel de “regenerar” a política, em uma pretensa salvação
nacional. Contudo, o que vimos é a multiplicação de denúncias de corrupção, como
fica explícito agora na CPI do Senado. Enquanto isso, bens essenciais atingem
preços inacessíveis, e arrumaram uma enorme crise energética, sem gestão
eficiente, resultando em racionamento via tarifaço.
Bolsonaro
quer fugir desse território que comprova o fracasso de seu governo e o
direciona a uma derrota eleitoral, tentando forjar uma desordem.
Os
militares que indevidamente se partidarizam, filiando-se a projetos de poder,
são uma minoria que deve ser tratada com o rigor da lei. Uma polícia que não
cumpre a lei deixa de ser polícia e passa a ser um bando armado. Esses servidores
públicos têm a franquia dada pela sociedade de portarem armas para proteger
essa sociedade, não para ameaçá-la. Armas para cumprir a lei, não para rasgar a
Constituição.
O
artigo 142 da Constituição não coloca corporações armadas na condição de “poder
moderador”, nem de tutela sobre o poder civil. Tal preceito diz exatamente o
contrário, ao frisar que servidores públicos que portam armas estão submetidos
aos poderes constitucionais. E estes são três, como sabemos: Executivo,
Legislativo e Judiciário.
A
tentativa abjeta de milicianizar as instituições nasce do descrédito do pode
bolsonarista. Em vez de melhorar, a situação do País entrou em terrível
decadência nos últimos anos, justamente pela aplicação de medidas econômicas
erradas, alinhadas a um projeto de destruição do Estado Nacional.
Apesar
das trevas simbólicas e literais, não podemos desanimar. Um outro 7 de Setembro
é possível e vai ocorrer. A data magna da nossa Pátria dever voltar a ser marca
de luz e esperança. O verdadeiro patriotismo é democrático e respeita a
Constituição. Prega a paz e não conflitos o tempo inteiro. É construído com
livros e escolas, não com fuzi em mãos erradas. Não há espírito cívico em
hordas marchando para tentar impor seus pontos de vista, minoritários e
contrários às leis.
No
7 de Setembro que o Brasil precisa há união nacional para tentar derrotar
definitivamente o coronavírus e vacinar a população em 2021 e 2022, existe
solidariedade com os mais pobres massacrados pela inflação e o presidente da
República emana bons sentimentos, não ódio e desespero.
O
7 de Setembro de 1822 foi uma construção de muitos, a exemplo de Tiradentes e
José Bonifácio. Do mesmo modo, no bicentenário da Independência, teremos um
outro 7 de Setembro, bem distinto do atual, na medida em que tenhamos coragem,
ideias claras e mobilização.
O
Brasil é muito maior do que os que querem destruí-lo. Nosso projeto nacional
está muito bem sintetizado no artigo 3º da Constituição Federal, a estabelecer
como objetivos fundamentais: “Construir um sociedade livre, justa e solidária;
Garantir o desenvolvimento nacional; Erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais; Promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação”.
Esse
é o mapa do caminho. Viva o Brasil!
Carta Capital sempre recebe dinheiro de FD, tirando de certa forma, comida da boca de crianças pobres do Estado. A verdadeira liberdade um dia chegará ao Estado e ficaremos livres da corrupção que está nas veias desse povo comunista.
ResponderExcluirEsse governadorzinho devia ter vergonha na cara, gastando dinheiro público com essa revistinha de terceira, o desgoverno desse safado tá acabando, ainda bem.
ResponderExcluirEsse 9 arrobas é só gogó
ResponderExcluirE vocês lendo "está revistinha de terceira" Procurem se informar. São cegos ? Estão em outro
ResponderExcluirPaís?