Vítima foi executada com vários tiros à
queima-roupa em emboscada, no dia 06 de setembro de 2007, na fazenda do acusado
José
Ilton Ferro foi denunciado pelo MP por homicídio qualificado e associação
criminosa pelo assassinato do policial Urbano, em João Lisboa |
Conforme
decisão do Conselho de Sentença, o agropecuarista José Ilton Cardoso Ferro,
acusado de ser o mandante da morte do policial civil José Heleno Santos Urbano,
no ano de 2007, foi inocentado por maioria de votos.
Com
a decisão, que prevalece no julgamento do Tribunal do Júri, o juiz Glender Malheiros
Guimarães (1ª Vara de João Lisboa) emitiu sentença absolvendo o réu das
acusações no caso da morte do policial, que envolveu mais três acusados.
O crime
O
agropecuarista foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado
e associação criminosa, pelo assassinato do policial Urbano, executado à
queima-roupa em emboscada, no dia 06 de setembro de 2007, por volta das 18h30.
O crime ocorreu no interior da Fazenda São Francisco, na Vila Tibúrcio, situada
na zona rural de João Lisboa.
Naquela
data, a vítima conduzia os trabalhadores rurais depois do serviço, quando
recebeu um convite para ir à fazenda São Francisco, para falar com “Renato”.
Chegando lá, foi recebido com vários tiros de pistola e espingarda disparados
por oito homens que trabalhavam na fazenda. Ele morreu no local.
Denúncia
Segundo
a denúncia, depois do crime, José Ilton teria ordenado aos trabalhadores que
acompanhavam Urbano que recolhessem o corpo da vítima e saíssem da fazenda “em
dez minutos”. Em seguida, os homens que atiraram no policial fugiram do local.
No dia seguinte, a polícia civil prendeu em flagrante delito os suspeitos
Adelson Ângelo da Silva e Roberto Laurindo dos Santos, que estavam na fazenda
no dia do crime e estariam envolvidos na ocorrência.
Interrogados
pela autoridade policial, os acusados negaram participação no crime, mas
declararam que seu patrão, José Ilton Cardoso Ferro, o seu filho Wagner Macedo
Cardoso Ferro (o “Carlão”) e outros homens estavam escondidos e armados na
fazenda, à espera da vítima chegar.
Segundo
a denúncia, os homens teriam ouvido do dono da fazenda que a vítima teria encomendado
a morte dele.
Na
denúncia, de 27 de junho de 2008, o Ministério Público de João Lisboa pediu a
condenação do agropecuarista José Ilton Cardoso Ferro (o “Renato) e do seu filho,
Wagner Macedo Cardoso Ferro (o “Carlão”), dos vaqueiros Adelson Ângelo da Silva
(o “Del”), Roberto Laurindo dos Santos e do caseiro José Raimundo de Sousa
Leite.
Conselho de Sentença
Na
sessão do Tribunal do Júri, por quatro votos, os jurados do Conselho de Sentença
reconheceram que a vítima sofreu as lesões descritas no laudo do exame pericial
de necropsia que causaram a sua morte; que terceiros desferiram tiros de arma
de fogo na vítima, mas entenderam que o réu José Ilton Cardoso Ferro não
contribuiu de qualquer forma para a prática do crime de “homicídio
qualificado”.
Os
jurados reconheceram a tese da defesa de “negativa de autoria” quanto aos disparos
de arma de fogo contra a vítima, atribuindo o crime de homicídio qualificado a
outras pessoas que estavam presentes na fazenda no dia do crime.
Em
relação à acusação de “associação criminosa”, os jurados também não reconheceram
a responsabilidade criminal do réu de que o ele se associou a mais de três
pessoas com o fim de cometer o crime.
A vítima
Segundo
informações da secretaria judicial da vara, a vítima era pai dos gêmeos (Vander
e Vanderson Israel) presos durante a “Operação 17”, por decisão da 1ª Vara
Criminal de São Luís, especializada em crime organizado, sob a acusação de compor
organização criminosa, lavagem de dinheiro e venda de armas e munições de uso
restrito, em 9 de março deste ano, em Imperatriz.
Condenado por atentado contra
ex-deputado de Alagoas
Em
27 de fevereiro de 2014, José Ilton Cardoso Ferro, conhecido em Alagoas como Zé
Nilton, foi condenado a 11 anos, 11 meses e 10 dias de prisão por participação na tentativa de homicídio contra
o ex-deputado estadual Cícero Ferro e o motorista José Maria Ferro, em janeiro
de 2004, em Minador do Negrão.
Também
foram condenados Wagner Macêdo Cardoso Ferro, a 12 anos, 9 meses e 10 dias de
prisão; Jackson Cardoso Ferro a 14 anos, 10 meses e 10 dias; e Wanderley Macêdo Cardoso Ferro a 11 anos, 11
meses e 10 dias. Todos foram condenados por tentativa de homicídio qualificado,
com cumprimento das penas em regime fechado.
O
advogado Raimundo Palmeira sustentou a tese de que não houve confronto e que
Cícero Ferro disparou primeiro e só depois disso eles atiraram. Ele disse ainda
que seria impossível que as vítimas ficassem vivas com os quase 200 disparos
deflagrados contra o carro. "Os tiros que estão no carro foram feitos bem
depois do ocorrido, porque eles não poderiam ter ficado vivos, mesmo que
abaixassem", diz Palmeira.
De
acordo com a promotora Marta Bueno, as penas estipuladas para os condenados foi
muito baixa, já que foram dois atentados. "Deveriam ser, no mínimo, 18
anos para cada réu. Além disso, também vamos pedir a revisão da sentença do
Waldex Macêdo, que foi absolvido pelo júri".
O ex-deputado
Cícero Ferro afirmou à reportagem do G1 que a sentença foi satisfatória.
"Estou satisfeito porque a justiça foi feita. Ainda podemos acreditar na
Justiça. A acusação recorreu porque foram duas vítimas, então, a pena deveria
ser bem maior, mas vamos esperar o que a justiça vai decidir".
José
Maria Ferro, que dirigia o veículo do ex-deputado no dia do atentado, disse
estar aliviado. "Quem sou eu pra discordar da pena? Depois de tanto tempo,
estou feliz e tirei um peso das costas", concluiu.
Família dividida
O
caso do atentado deixou a família Ferro, que já apresentava um histórico de
rixa política, dividida. A filha de Cícero Ferro, a arquiteta Thacianny Ferro,
disse que familiares dos réus e das vítimas perdeu o contato entre elas após o
crime. Ao afirmar que tem certeza da culpa dos acusados, ela falou que espera
por justiça para o caso.
“Hoje,
os familiares se respeitam, mas jamais vamos conviver com esses monstros. O que
me assustou nos autos foi a alegação de que houve um confronto, mas isso não
aconteceu. Eles tentaram matar o meu pai, que sobreviveu por milagre”, falou.
Todos
os acusados têm algum grau de parentesco com o ex-deputado. Zé Nilton é primo
de Cícero Ferro, e pai de Waldex, Wagner e Wanderley. O acusado Jackson é
sobrinho do pecuarista. Familiares das vítimas e acusados se dividem no
Tribunal do Júri para acompanhar o caso. Alguns estão com camisas com frases de
apoio a vítimas e outros aos acusados.
Em
2017, os condenados conseguiram junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o
relaxamento da ordem de prisão que havia sido expedida no dia 20 de janeiro
daquele ano pela 9ª Vara Criminal de Alagoas, em cumprimento ao acórdão do
julgamento da apelação pela Câmara Criminal.
A minha personalidade voltou é a do husky siberiano.... Ô felicidades..... Os cães são para mostrar as personalidades das pessoas.... Só preciso de dentes, um mocassim uma meia, um chapéu Panamá que deixei pra depois, e um perfume para ser gente, mas melhor concluindo os planos...
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