terça-feira, 16 de maio de 2023

Maranhense com hidrocefalia que recebeu o prognóstico de sobreviver por apenas 3 meses ao nascer, completa 29 anos

A maranhense Adalgisa Soares Alves, de 48 anos, ouviu dos médicos que sua filha, Graziely, viveria apenas cerca de três meses após ter nascido com hidrocefalia congênita, diagnóstico causado pelo acúmulo de líquidos na cabeça do bebê. No entanto, quase 30 anos depois, Adalgisa compartilha nas redes sociais o dia a dia de cuidados com a filha que, embora tenha sofrido sequelas do quadro, permanece viva.

As publicações surpreendem os seguidores devido à situação de Graziely, que vive acamada, não fala há anos, perdeu a visão recentemente devido à doença e cuja cabeça continua a crescer. Ao tabloide britânico DailyMail, Adalgisa falou sobre a rotina com a filha, que é um dos raros casos de em que indivíduos com o diagnóstico chegam à idade adulta.

— Eu sempre espero que ela viva [por] muitos anos. Ela transmite energia positiva e sinto uma paz que transborda quando alguém a visita. Vou sempre dar o melhor para ela porque ela nasceu do meu ventre, foi muito amada e desejada dentro do meu ventre e vou amá-la até o último dia de sua vida — contou ao DailyMail.

Ela, que mora em São Luís do Maranhão, disse que percebeu que havia algo de errado quando estava no final da gestação e começou a sentir fortes dores no útero. Um ultrassom na época revelou a hidrocefalia, e os médicos estimaram que Graziely viveria apenas cerca de três meses devido ao estágio do quadro.

Ela, porém, completará 30 anos no mês que vem. Apesar da idade, pela sua aparência física, recorrentemente ela é chamada de “bebê gigante”, algo que sua mãe não vê como uma ofensa.

— Não acho cruel porque 'bebê' é uma palavra afetuosa, mas quando eles a chamam de 'cabeça grande', fico triste".'Mas o importante é que eu, e toda a nossa família e amigos, amamos a Graziely do jeito que ela é — disse.

Desde que a filha nasceu, Adalgisa trabalha como cuidadora em tempo integral. Embora receba um auxílio do governo, o dinheiro é curto para pagar todas as despesas que tem com Graziely, como fraldas. Por isso, ela pede ajuda com doações por meio das postagens nas redes.

— Todos os dias eu cuido dela, dou banho e alimento com todo o meu amor. Sou dedicado à Graziely e fico feliz em vê-la bem cuidada, por mim e por toda a nossa família. Eu não trabalho, apenas cuido dela - fico feliz em cuidar dela e é gratificante quando vejo seu sorriso. Nunca perco a esperança porque sou uma mulher de muita fé e sempre coloco Deus acima de tudo — rezo muito todos os dias — disse a mãe.

Fonte: O Globo

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