As
investigações revelaram que cada aluna, de uma Faculdade de Medicina do
Paraguai, pagava uma quantia que variavam de 10 a 15 mil reais para que a vaga
fosse garantida pelo ex-procurador.
Nas primeiras horas da manhã desta
sexta-feira (11), investigadores da Polícia Civil do Maranhão, saíram às ruas de
São Luís e Região Metropolitana, com a missão de cumprir um mandado de busca e
apreensão contra endereços ligados ao ex-procurador José Ricardo Costa Macedo, chefe
da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), do período de 2018 e 2020, que é
alvo de uma investigação que tramita na Superintendência de Prevenção e de
Combate à Corrupção (SECCOR).
Advogado José Ricardo Costa Macedo foi nomeado para Procurador-Geral da UEMA no dia 8 de janeiro de 2018 |
As investigações comprovaram a venda de
vagas para quatro alunas provenientes de uma Faculdade de medicina do Paraguai
para a faculdade de medicina do campus da UEMA, em Caxias. As investigações revelaram que cada aluna
pagava uma quantia que variavam de 10 a 15 mil reais para que a vaga fosse
garantida pelo ex-procurador.
De acordo com a delegada Katherine Chaves,
chefe da SECCOR, em um dos casos, houve apenas a determinação da matrícula sem
exigência de nenhuma documentação, a matrícula seria por ordem do ex-servidor
da UEMA. Quanto as demais casos, foram apresentadas decisões judiciais falsas
concedendo as matrículas destas alunas no curso de medicina.
Ainda segundo a delegada, a investigação
começou em desfavor de duas alunas, porém com o avanço dos trabalhos
verificou-se que mais duas alunas também estavam em situação irregular. Diante
disso, a polícia representou na justiça pela suspensão imediata das quatro
alunas do curso de medicina, bem como pela busca e apreensão na residência do
ex-procurador investigado.
Durante as buscas em um endereço na capital,
o ex-procurador não foi encontrado no local. Segundo informações dos vizinhos,
o mesmo mudou-se há poucos dias e não souberam informar aonde poderia ser
encontrado.
Dando continuidade nas diligências, os
policiais da SECCOR, conseguiram lograr êxito em encontrar o ex-procurador no
município de São José de Ribamar, local onde foi realizada a busca pessoal e
aprendido o aparelho celular do mesmo.
O investigado se recusou a colaborar com a
investigação e negou acesso à senha do aparelho, que deverá ser encaminhado ao serviço
de inteligência para a extração dos dados telemáticos, conforme decisão
judicial.
A UEMA, que sempre colaborou com a
investigação, também foi comunicada na manhã desta sexta, formalmente, através
da SECCOR, sobre a suspensão das alunas que estão proibidas de frequentar a
instituição.
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