Os
crimes teriam sido praticados por outros policiais militares, que chegaram a ir
na casa da vítima para humilhá-la.
Um policial militar do Maranhão, identificado
apenas como Bahia, lotado no 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na cidade
Açailândia, na região tocantina, denunciou para órgãos de defesa dos direitos
humanos ter sido vítima homofobia e tortura dentro do quartel, por causa de sua
orientação sexual.
Os crimes teriam sido praticados por outros
policiais militares, que chegaram a ir na casa da vítima para humilhá-la.
O caso chegou ao conhecimento da Rede
Cidadania de Açailândia, uma organização que reúne membros da sociedade civil e
entidades que lutam pelos direitos humanos, por meio da publicação de uma
carta, que teria sido escrita pelo próprio policial militar.
Na carta, o PM cita que o comandante do BPM
teria negligenciado as suas denúncias e afirma sofrer com a depressão.
“Digo ao major Nunes, que depressão não
é frescura. Digo também a ele que o seu pedido de perdão não deve ser
direcionado a Deus, mas sim as suas vítimas. Fui esquecido pelos meus irmãos…
Obrigado a todos os que me ajudaram e que nos últimos dias mandaram mensagens
de conforto. Agora estarei junto aos que me amaram e também com aqueles que me
amam”, desabafa o PM em um trecho da carta.
Segundo a Rede Cidadania, além de homofobia,
o PM também foi vítima de tortura.
“O
que nos faz acreditar que há indícios de crime de tortura, porque ele teria
sido abordado dentro da própria casa pelos colegas de farda, em uma situação em
que ele estava se organizando para o trabalho e foi submetido a humilhações, a
ele ter que dizer coisas da vida pessoal dele. Então, a lei é muito objetiva,
quando uma agente do Estado submete a outra, seja pra promover sofrimento ou
humilhação ou pra pegar informação, isso caracteriza crime de tortura”,
explica a advogada Valldênia Lan Franchi, representante da Rede Cidadania, em
entrevista à TV Mirante.
No mês de julho, o policial militar pediu
ajuda ao Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán
(CDVDH/CB) de Açailândia, relatando a discriminação e até a tortura.
Procurado pela TV Mirante, o Centro de
Defesa preferiu não se manifestar sobre o caso, a pedido da família do PM.
O coletivo LGBTQUIA+ de Açailândia disse que
esse não é um caso isolado e, junto com o Centro de Defesa da Vida e dos
Direitos Humanos e a Rede Cidadania, também, apura as possíveis negligências
das autoridades.
“Deve
existir dentro dessas corporações ouvidorias, atendimentos especializados. Se
não existir dentro das corporações, hoje, é um erro muito grave do governo do
Estado e, também, das polícias. É preciso ter ouvidorias específicas, porque
esses assuntos são transversais, são assuntos atuais, fazem parte do nosso
século e essas corporações e todos os segmentos da sociedade precisam
acompanhar essa discussão”, destacou José Carlos Almeida, que é
coordenador do Coletivo LGBTQIA+. O caso foi denunciado à Polícia Civil do
Maranhão e ao Ministério Público (MP-MA).
Por meio de nota, o Ministério Público do
Maranhão informou que está apurando a denúncia.
Já a Polícia Militar afirmou que nenhum caso
de discriminação será tolerado e que ainda não recebeu denúncia de crime de
lgbtfobia na corporação.
Leia
a nota da PM-MA na íntegra
"A
Polícia Militar do Maranhão (PMMA) esclarece que atua dentro dos princípios e
normas delineados na Constituição Federal e de acordo com os entendimentos
adotados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desta forma, observa que todo e
qualquer caso de discriminação, será apurada com o devido rigor.
Em
relação ao caso citado na reportagem, a PM observa que, até o momento, não
houve denúncia sobre o fato e não há nenhum procedimento ou processo instaurado
em decorrência de LGBTfobia na corporação.
No
entanto, a Polícia Militar destaca que qualquer policial que se sinta
discriminado no ambiente de trabalho, por conta de sua orientação sexual, pode
relatar a situação nos canais de Ouvidoria da PM ou ao superior imediato.
A
Polícia Militar do Maranhão reitera que qualquer tipo de discriminação, seja
ela racial, por gênero, religião ou de orientação sexual, não faz parte".
Leia
a nota divulgada em grupos de WhatsApp pelo presidente da Associação Cabos e
Soldados de Imperatriz , Açailândia e Região
Bom
dia Senhores!! Hoje pela manhã recebemos várias mensagens de policiais nos
informando sobre o ocorrido com o SD Bahia, lotado no 26° BPM, localizado na
cidade de Açailândia, de acordo com os relatos, o referido policial vinha
sofrendo perseguições por conta da sua
condição sexual, inclusive cita o nome do Sub Cmt do batalhão em uma carta que
teria sido escrita antes de tentar o suicídio, toda via, sem querer fazer juízo
de valor, pois desconhecemos o problema em questão e também o comportamento do
oficial e do militar envolvido, quero apenas manifestar a minha inteira
solidariedade e me coloco a disposição para ajudar no que for necessário, cabe
salientar que é uma situação triste e
caótica, pois esse acontecimento não
foi o primeiro e possivelmente não será o último dentro da caserna, escancara e
mostra a urgente necessidade de uma ação das autoridades, os nossos governantes
precisam olhar para nossa classe, PARA O
MATERIAL HUMANO, a tropa está DOENTE, e nesse caso em questão, EMPATIA talvez
seria a palavra e a ação cabível, isso
que talvez esteja faltando para alguns CMTs; Lamento profundamente que um jovem
policial tenha que recorrer ao suicídio para tentar se livrar de um
problema, uma clara demonstração de desespero e falta de acompanhamento e apoio
especializado, esperamos que o SD Bahia possa resistir e se recuperar, finalizo
informando que a Associação Cabos e Soldados de Imperatriz , Açailândia e
Região está acompanhando de perto este triste episódio e irá oficiar o CMT do
CPA I 3, para que apure e verifique a procedência das denúncias, ressalto ainda
que se preciso for, levaremos o problema
para o Ministério Público, através da nossa assessoria jurídica.
At.te SGT ADRIANO
Presidente
da ARCSPMIA
Com informações do g1 MA
Kkkkk....então quer dizer que o sargento pincel durante o dia grita e prende bandidos e anoite geme e prende cobra Coral ou giboia kkkkkkk...eta putaria.
ResponderExcluirDurante o dia dar uma dura na rapaziada e anoite leva uma dura da rapaziada...QUE TAL? KKKKKKK
ResponderExcluirMais o que é hein ...hum...hum...heim....heim.....kkkkkkkk...deixam o rapaz em paz...É dele,não é de vocês kkkkkkkkk
ResponderExcluirViado estudou e passou no concurso, machão não estuda.
ResponderExcluirQue Mundo é esse que vivemos?
ResponderExcluirA pessoa ser julgada pelo o que é?
Sermos honestos e respeitar e próximo é o que importa.
O mais engraçado é que ai dentro do Quartel a policiais casados, que por fora tem relação com homens.
Mais pronto esses que fazem escondidos vem julgar meu irmão, quem são eles?
Será que eles já se olharam no espelho?
Cada dia que eu conheço o ser humano gosto mais dos meus animais de estimação.
Tantos bandidos e estrupadores por ai nesse exato momento a fazer maldades a acababar com vidas, meu irmão estava a sofrer por próprios colegas de fardas isso é uma vergonha, lamento por existe pessoas assim pobres por dentro de achar que são alguma coisa.
Meu irmão sofreu muito ai.
Espero que a justiça seja feita, coisa que raramente acontece aos justos.